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quinta-feira, abril 18, 2024

Colunista social se emociona após passar 26 dias internado com Covid-19 no AC: ‘Foi um milagre’

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Sempre com um sorriso no rosto e alegria contagiante, o jornalista e colunista social, Vagno di Paula, ainda se emociona ao falar sobre os quase 30 dias que ficou internado no Instituto de Traumatologia e Ortopedia (Into), em Rio Branco, em tratamento da Covid-19. As lembranças e o susto o fazem ter uma certeza: “Foi um milagre de Deus.”

Vagno lembra que começou a sentir os sintomas da doença, como a falta de paladar, por volta do dia 25 de novembro, data em que se internou na Unimed, e três dias depois ele foi levado para o Into e, nesta data, ele conta que já estava com 70% dos pulmões comprometidos. Ele teve alta na segunda-feira (21).

O colunista contou que não chegou a ser intubado, mas se emociona ao relembrar que chegou a ser levado para a sala, e, após conseguir fazer um exame, não precisou passar pelo procedimento.

“Foram cinco minutos que me impediram de ser intubado. Ia ser, porque não conseguia fazer um exame que é necessário colocar uma máscara, por eu ser ansioso e claustrofóbico não conseguia. A minha saturação baixou muito. Mas, conseguimos fazer o exame e saí da antessala da UTI [Unidade de Terapia Intensiva] e fui para a enfermaria porque consegui fazer com a permissão de Deus”, se emociona.

Após 26 dias internados e 17 quilos mais magro, ele contou que tem comorbidades como a obesidade e hipertensão. E acrescentou que os efeitos da doença são rápidos e assustadores.

“A Covid se alastra de uma forma muito avassaladora. Eu tinha muito cuidado, preservava minha família, trabalhava em home office, só ia em alguns lugares fazer algum vídeo e tomava todos os cuidados. 15 dias antes eu fiz uma tomografia e meu pulmão estava limpíssimo. Quatro dias depois de não sentir o paladar, que fiz o exame e deu positivo, no outro dia tive febre e em mais um dia meu pulmão já estava 70% tomado. É muito rápido”, relembra.

Vagno di Paula disse que sempre tomou precauções e cuidados — Foto: Arquivo pessoal

Cuidados

O colunista disse que sempre teve muito cuidado e durante a pandemia fez vários exames e a cada resultado negativo era um alívio, mas, mesmo assim, foi surpreendido.

“Como o vírus é invisível não dá para saber onde ele está. Até uma água que você bebe em algum lugar pode transmitir, por meio do copo. Nunca me aglomerei no momento de pandemia, nem frequentei barzinho, nada de tirar máscara. Digo e aconselho que todo cuidado é pouco e, mesmo assim, todos os dias você tem que observar seu modo de vida. Fiquei em estado grave, mas não tanto porque não fui intubado nem fui pra UTI”, acrescentou.

‘Milagre’

Durante os dias em que esteve internado, ele contou que o mais marcante foi ver o sofrimento das pessoas e também ressaltou os cuidados médicos que recebeu no hospital e fez elogios à equipe médica. Apesar de tudo, o colunista celebra o milagre que viveu.

“Foi um milagre de Deus que me deu forças para fazer aquele exame e as orações de todos os amigos que estavam emanando aquela energia que eu fiquei surpreso, não sabia o tanto de carinho que as pessoas tinham por mim. Tenho muita gratidão a Deus por isso e por todos os amigos, de longe ou não, familiares e isso deixou meu coração feliz por todas as orações, por tudo”, pontuou.

Para Vagno, que recebeu alta médica, o momento é de alegria. Mas, a empatia o faz sofrer pelos outros.

“Fui um sobrevivente. Mas, me entristece que muitas pessoas não conseguiram sobreviver. Me solidarizo com os familiares, com as dores por uma doença invisível que veio ao mundo dessa forma. Estou pedindo a Deus que a vacina chegue com eficácia para a gente se sentir mais tranquilo. Ao mesmo tempo continuar os cuidados porque eu acho que a vida de antigamente, os hábitos não voltam mais”, ponderou.

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