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Situação de serraria de polo moveleiro de Cruzeiro do Sul preocupa FIEAC

Uma sequência de gestões ineficazes frustrou todas as expectativas da indústria de móveis da região de Cruzeiro do Sul com relação à serraria para beneficiamento de madeira de que dispõem, localizada no Polo Moveleiro daquele município. Em visita ao estabelecimento no último fim de semana, 12 a 14 de dezembro, o presidente da FIEAC, José Adriano, ouviu relatos de empresários angustiados com a situação.

Preocupado com o futuro do segmento no interior do estado e conhecendo os desafios de se empreender na região do Vale do Juruá, o representante do setor industrial acreano se comprometeu em chamar atenção para a causa na Secretaria de Estado de Indústria, Ciência e Tecnologia (Seict). De acordo com ele, será encaminhado um ofício solicitando uma reunião com o secretário Anderson Abreu, a fim de debater possibilidades para se resgatar aquele empreendimento e fazer com que ele finalmente cumpra sua missão.

“Aquele é um investimento feito pelo Governo do Estado há anos e, até hoje, nenhuma gestão conseguiu fazer com que funcionasse de fato. Todas as tentativas foram infrutíferas. A serraria está lá, com os equipamentos deteriorados e frustrando toda uma cadeia produtiva que poderia estar a pleno vapor. Estamos preocupados com esta situação e faremos o possível para revertê-la”, assegura Adriano.

Empresários da cidade afirmam que, se a serraria estivesse em pleno funcionamento, geraria pelo menos 70 empregos diretos. Além disso, como fica o maior período do ano fechado, atuando praticamente só no verão, o empreendimento não tem cumprido o seu papel de sustentabilidade em fornecer madeira certificada às marcenarias instaladas no polo. E atualmente a serraria do polo vende o metro da madeira por cerca de R$ 2,5 mil, um valor considerado extremamente elevado pelos moveleiros, igualando, por exemplo, valores praticados em grandes centros como São Paulo.

A concessão da serraria, segundo relatos dos moveleiros, é de empresários de fora do Estado, os quais não demonstram empenho nenhum em manter a estrutura funcionando por todos os meses do ano. “O governo investiu R$ 3 milhões na construção dos galpões de marcenaria, que geram pelo menos 70 postos de trabalho o ano inteiro. Já na serraria, onde foram investidos cerca de R$ 20 milhões, não há emprego nem por 90 dias do ano. Essa serraria precisa funcionar plenamente”, argumentam os marceneiros.

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