O deputado Luiz Gonzaga (PSDB) luta para levar atendimento e acompanhamento de qualidade para as crianças diagnosticadas com autismo na Região do Alto Acre. A luta que iniciou por Epitaciolândia é o embrião para a apresentação de propostas de políticas públicas que visam beneficiar todo o estado. Estima-se que existam, no Acre, aproximadamente 11 mil crianças com autismo. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, uma em cada 160 crianças no mundo, tem autismo.

O Acre não dispõe de Psiquiatra Infantil. A rede privada traz esse tipo de profissional de outros estados. Os exames e o diagnóstico ficam restritos a quem pode pagar. Na rede pública, a espera é de aproximadamente dois anos.

A Associação Família Azul tem 530 famílias associadas em Rio Branco, com outras 150 crianças no grupo de investigação. O cuidado de um autista requer tempo e dedicação, uma pressão que pode afetar a saúde de todos os membros da família e que só é entendida quando vivenciada dentro de casa.

O deputado Luiz Gonzaga reuniu o presidente da Associação Família Azul, Abrahão Puppio, com o médico Aldemar Mazinho, coordenador do projeto Centrin e representantes da prefeitura de Epitaciolândia para discutir a instalação de um Centro de Interação Sensorial em Epitaciolândia ainda este ano. O Centrin vai atender também a população de Brasiléia.

“É o primeiro passo na busca de melhorias para essa população. Na sequência vamos pensar juntos a elaboração de políticas públicas que atendam efetivamente tanto os autistas como seus familiares”, disse Luiz Gonzaga.

O deputado amadurece a ideia de atendimento integrado de Saúde e Educação à pessoa com autismo através de Parceria Público Privada ou convênio com entidades: “São ideias que estão amadurecendo e que vamos debater com a Associação família Azul e demais famílias do interior do estado”.

Dados Oficiais

A Lei 13.861/2019, que obriga a inclusão nos censos demográficos de informações específicas sobre pessoas com autismo sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro, pretende corrigir a inexistência de dados oficiais sobre as pessoas com transtorno do espectro autista (TEA) no Brasil. A expectativa é que esses dados sejam coletados no próximo censo.

Centrin

O primeiro Centro de Interação Sensorial foi uma iniciativa pioneira do Dr. Aldemar Mazinho e do ex-prefeito de Cruzeiro do Sul, Iderlei Cordeiro (PP).