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quinta-feira, abril 25, 2024

Mesmo com do Rio Juruá baixando, cerca de 900 pessoas continuam em abrigos

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Mesmo com o nível do Rio Juruá baixando nos últimos dias, cerca de 900 pessoas continuam em abrigos montados pela Prefeitura de Cruzeiro do Sul, cidade do interior do Acre.

Segundo dados da Defesa Civil Municipal, o manancial marcou 13 metros na medição das 12h deste domingo (28). A cota de transbordo é de 13 metros e de alerta é de 11,80 metros.

Com o maior número de pessoas atingidas com a cheia no Acre, Cruzeiro do Sul, a segunda maior cidade do estado, continua com mais de 30 mil pessoas atingidas pela cheia do Rio Juruá e seus afluentes. O município decretou situação de emergência no último dia 15; o decreto é válido por 60 dias.

Os dados da Defesa Civil apontam 225 famílias estão em um dos 26 abrigos montados em escolas da cidade. O coordenador da Defesa Civil de Cruzeiro do Sul, José Lima, informou que a orientação, por enquanto, é que as famílias desabrigadas não retornem para suas casas, porque ainda há risco de o rio voltar a subir.

Além disso, o órgão precisa checar a situação dos imóveis, se há risco de desmoronamento das estruturas antes do retorno das famílias. Essa avaliação só é feita depois que o manancial sai da cota de alerta. Até lá, a Defesa Civil segue no monitoramento e assistência aos moradores atingidos.

Ainda neste domingo, pelo menos quatro bairros da cidade continuam alagados, no entanto, segundo o coordenador, a lâmina de água é baixa. O nível do Rio Juruá chegou a 14,36 metros no último dia 20 e chegou a atingir 10 bairros, cinco vilarejos e toda a população ribeirinha da cidade.

Com relação à energia elétrica, o coordenador informou que foi restabelecida em toda a cidade ainda na tarde desse sábado (27). No entanto, em nota divulgada neste domingo (28), a Energisa informou que em Cruzeiro do Sul 1.287 clientes continuam com o fornecimento de energia elétrica interrompido.

“Como temos previsão de continuar com as chuvas até meados de abril, ainda há chance de voltar a subir o nível. Por isso, essas famílias só vão retornar para suas residências depois que o rio sair da cota de alerta e após ser feita vistoria no local. Algumas estão saindo por conta própria, mas aí não ficam mais sob a responsabilidade da Defesa Civil. Enquanto não houver segurança, a gente pede que eles se mantenham onde estão, tendo em vista que mesmo não tendo água dentro de casa, mas tem água ao redor da casa e isso aumenta o risco de doenças. E aos ribeirinhos pedimos que tenham cuidado com o desbarrancamento”, alertou Lima.

Calamidade pública

O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) reconheceu no último dia 22, em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), estado de calamidade pública em 10 cidades do Acre atingidas por inundações causadas pela cheia dos rios no estado.

Os municípios de Rio Branco, Sena Madureira, Santa Rosa do Purus, Feijó, Tarauacá, Jordão, Cruzeiro do Sul, Porto Walter, Mâncio Lima e Rodrigues Alves enfrentam dificuldades com parte da população desabrigada (encaminhada para abrigos) e desalojada (levada para casa de parentes).

O governador do Acre, Gladson Cameli, havia decretado calamidade em uma edição extra do Diário Oficial do estado (DOE) também no dia 22. A cheia dos rios chegou a atingir mais de 130 mil pessoas no Acre.

Com informações G1 Acre
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