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sexta-feira, abril 19, 2024

Famílias desabrigadas recebem apoio da Prefeitura para retornarem às suas casas

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Com o rio Juruá voltando aos níveis normais, muitas famílias desabrigadas pela cheia histórica deste ano, já começam a retornar às suas casas, com total apoio da Prefeitura de Cruzeiro do Sul. Quatro equipes da defesa civil trabalham no deslocamento das famílias para suas casas e também entre os abrigos, para aquelas que ainda não poderão retornar.
Na escola Valério Caldas, cinco famílias deixaram os alojamentos provisórios nesta semana. Outras famílias já estão deixando os alojamentos nas Escolas Hugo Carneiro, Maria Lima de Souza e São José.

É intensa nestes dias a mobilização dos homens sob a coordenação da defesa civil para auxiliar nos deslocamentos das famílias e seus pertences, tais como móveis e eletrodomésticos. Mesmo as famílias que ainda não irão retornar ás suas casas, estão sendo movimentadas de modo a concentrá-las em poucas escolas, mesmo mantendo o padrão de uma família por sala de aula.

Angelita Uchoa, servidora da assistência social, é a responsável não apenas às boas vindas para as famílias desabrigadas, mas também em garantir que durante cerca de 18 dias as dez famílias que estiveram alojadas no ‘Residencial Valério Caldas’ pudessem se sentir ‘em casa’. Limpeza, organização e atenção com as famílias foram alguns dos lemas que nortearam as equipes da secretaria de ação social envolvidas no acolhimento às famílias, de modo a tornar a experiência menos traumática.

Vivendo desde o dia 19 de fevereiro no abrigo, quando a água chegou ao assoalho de casa, Elisângela, seu esposo e suas filhas, agradecem ao acolhimento, mas não escondem o desejo de retornar para sua casa.
“Foi maravilhoso o atendimento e todo apoio que recebemos aqui, agradeço imensamente. Mas estou muito feliz em retornar, pois igual à casa da gente, não tem, né”, afirma Elisângela.

As crianças parecem se adaptar melhor às mudanças na rotina e aproveitam a oportunidade de fazerem novos amigos. Maria Eduarda, de 10 anos, se sente à vontade entre primos, vizinhos e crianças que conheceu no alojamento, com brinquedos e roupas doadas através do Programa Juruá Solidário. Sua irmã, a pequena Isabelle, de três anos, manobra veloz seu velocípede nos corredores da escola, enquanto outras crianças promovem uma gincana com argolas e bolinhas.

Quando chegam os homens do corpo de bombeiros, exército, polícia militar e secretarias municipais sob a coordenação da defesa civil, os alojamentos são rapidamente desmontados. Em questão de minutos, camas, fogões e geladeiras são embarcados no caminhão.
Esta será a quinta viagem do dia de José Claudio, da Defesa Civil, cada viagem levando as mudanças de duas ou até três famílias.

Estima-se que pelo menos onze famílias não poderão retornar às suas casas ainda nesse momento, devido aos danos mais permanentes causados pelas enchentes. A solução temporária será o pagamento de aluguel social ou a manutenção temporária nos alojamentos.
Mas tanto a Defesa Civil quanto a Assistência social são enfáticos em afirmar que nenhuma família ficará desabrigada ou desassistida, pelo tempo que for necessário.

O Prefeito Zequinha Lima esteve acompanhando de perto, desde o início da enchente, o processo de remoção das famílias, o apoio oferecido, e agora o momento da volta para as casas . A gestão preparou um plano de contingência, mesmo antes da cheia, para se preparar para a situação.

“Nossas equipes sempre estiveram preparadas, sabíamos que teríamos uma cheia, mas as proporções foram muito grandes. Tivemos que montar um grande aparato para receber essas pessoas , em várias escolas diferentes, colocando cada uma em uma sala de aula, para evitar a proliferação do vírus do Covid , e durante todos os dias que estiveram nos abrigos oferecemos todo apoio possível. Agora com a descida das águas, é hora de muitas voltarem para suas casas. Vamos apoiar no que for possível, para garantir o retorno dessas famílias”, enfatizou o prefeito.

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