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terça-feira, abril 16, 2024

Garis voltam a protestar contra salários atrasados em Rio Branco: ‘Continuamos sem respostas’

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Sem receber uma resposta, um grupo de garis voltou a paralisar as atividades em Rio Branco em protesto por conta do atraso no pagamento dos salários. Eles se concentraram novamente em frente à Secretaria Municipal de Zeladoria de Rio Branco, nesta terça-feira (16), para tentar sensibilizar os gestores.

Essa é a quarta vez que o grupo vai para a entrada da secretaria em protesto por conta do atraso nos salários. Nas três primeiras manifestações, eles chegaram a fechar a entrada da Zeladoria e impedir a saída de maquinários. Mas, após confronto com o batalhão de choque da Polícia Militar, nessa segunda-feira (15), com o uso de spray de pimenta, o grupo resolveu não bloquear o fluxo na secretaria.

Os trabalhadores informaram que alguns chegaram a receber os salários, mas somente o mês de janeiro, mas o salário de fevereiro não foi pago. Uns estão com 45 dias e outros até com dois meses sem receber.

O gari Raimundo Nonato Gomes disse que se sente humilhado com tudo que tem acontecido e pede uma resposta. Segundo ele, muitos estão passando necessidade com suas famílias por conta do atraso nos salários. Ele também falou sobre o tratamento que receberam na manifestação de segunda.

“A gente pretende ir ao Ministério Público para ser ouvido. A gente foi humilhado da pior forma possível, nem com os vagabundos, com os bandidos eles não entram assim. Continuamos sem resposta alguma, ninguém deu uma posição pra gente, então a gente tem que procurar uma solução para nosso problema. A única coisa que a gente ouve é ameaça de demissão”, reclamou o trabalhador.

Grupo se concentra em frente da Secretaria Municipal de Zeladoria nesta terça-feira (16) — Foto: Lidson Almeida/Rede Amazônica

Previsão de pagamento

Um dos donos de empresa terceirizada que presta serviço para a Zeladoria de Rio Branco, Jebert Williams, foi até o local do protesto e conversou com os trabalhadores.

“Firmamos um compromisso que, assim que iniciar parte do pagamento, a gente vai automaticamente fazer o repasse aos trabalhadores. Ontem tivemos uma reunião com secretários da Prefeitura, Procuradoria e a gente ainda não chegou a consenso. A gente acredita que a metragem e a nova metodologia que a gestão atual está tomando, diverge da anterior. Mas a gente se comprometeu em receber parte dessas medições levantadas pela Zeladoria e contestar isso via administrativamente, ou judicial em segundo momento. Acredito que o pagamento inicia hoje”, disse Williams.

Ainda segundo o empresário, a impasse entre as empresas terceirizadas e a secretaria é com relação ao repasse dos valores. Segundo ele, a metodologia que está sendo usada para o cálculo do valor que as empresas têm a receber está diferente.

“A medição está variando de 10% a 60% a menos do que as empresas teriam a receber. Da minha empresa, por exemplo, a gente solicitou um valor de R$ 404 mil referente a janeiro e tem uma proposta de R$ 260 mil. Para pagar a folha até que dá, mas não é só isso, temos tributos, fornecedores, encargos”, disse.

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