O atentado contra a vereadora Marielle Franco, no qual também morreu o motorista Anderson Gomes, completa três anos neste domingo (14) sem que se conheça quem mandou matá-la. Essa não é a única pergunta sem resposta, 1.096 dias depois.
A força-tarefa que investiga o crime afirma ter encontrado os executores e descoberto a dinâmica da noite de 14 de março de 2018, no bairro do Estácio, na região central do Rio.
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz como os assassinos de Marielle e de Anderson. Os ex-PMs, presos nas penitenciárias federais de Campo Grande e de Porto Velho, vão a júri popular, ainda não marcado.
Mas a polícia e o Ministério Público ainda não sabem:
- Onde está a arma do crime?
- Quem foi o mandante do crime?
A arma do crime
Policiais da Delegacia de Homicídios e o Ministério Público não conseguiram até hoje descobrir onde está a arma utilizada para matar Marielle e Anderson.
A perícia apontou que o assassino utilizou uma submetralhadora MP-5 com munição UZZ-18. Mas os investigadores não sabem o destino da arma.
Investigações mostram que fuzis foram jogados ao mar no dia seguinte à prisão de Lessa, em março de 2019. No entanto, qualquer arma jamais foi encontrada. Nem o MP afirma, categoricamente, que o MP-5 do atentado estaria entre o material jogado.
Uma testemunha contou que foram jogados ao mar seis armas, uma bolsa e uma caixa lacrada.
A Marinha fez buscas no oceano, na Barra da Tijuca, na tentativa de encontrar o armamento. Foi em vão.
Equipes de mergulhadores também chegaram a fazer buscas nas cisternas e em bueiros do condomínio onde Lessa morava, na Zona Oeste do Rio, mas a arma não foi encontrada.