O secretário estadual de Educação, Esporte e Cultura, Mauro Sérgio da Cruz, deve pedir afastamento do cargo após a Polícia Civil deflagrar a Operação Pratos Limpos, que investiga suposta fraude em licitação para a compra de cestas básicas que foram distribuídas aos alunos da rede de ensino.

A postura do secretário seria para se preservar durante a investigação e evitar chances de interferência dele ou da equipe indicada pelo secretário para a pasta. Dessa forma, ele poderá ficar longe da secretaria enquanto a investigação estiver em curso. O inquérito, segundo o delegado Pedro Rezende, deve ser fechado em até 10 dias, período após o qual Mauro Sérgio pode reassumir o posto de chefe da secretaria ou deixá-lo em definitivo.

Em nota, o gestor pontuou, em nome da secretaria, que “a SEE entende que o trabalho da Polícia Civil é importante para a elucidação dos fatos ora investigados, e reitera que sempre esteve à disposição das autoridades policiais”. E é verdade que Mauro foi ouvido pelos investigadores.

Ainda na nota de esclarecimento, Cruz destaca: “todo o processo de aquisição das cestas foi submetido à análise dos órgãos de controle, como por exemplo a Controladoria Interna, a Assessoria Jurídica da Secretaria de Educação e a Procuradoria-Geral do Estado”, dia a instituição.

A operação Pratos Limpos, que teve a primeira fase deflagrada nesta sexta-feira, dia 12, apura a compra de mais de 40 mil cestas básicas pela Secretaria de Educação, Esporte e Cultura do Acre (SEE), ainda em 2020, para distribuição gratuita aos alunos da rede estadual de ensino. A investigação já está acontecendo há 10 meses, ou seja, desde maio do ano passado.