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sexta-feira, março 29, 2024

Acre tem queda de 36% no número de mortes violentas no primeiro trimestre de 2021, aponta relatório

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O Acre registrou uma queda de 36% nas mortes violentas nos primeiros três meses deste ano em comparação com o mesmo período de 2020. É o que mostra o Observatório de Análise Criminal divulgado pelo Ministério Público do Estado.

Conforme os dados, no primeiro trimestre deste ano, foram registradas 62 mortes violentas, que incluem os homicídios dolosos consumados, feminicídios, latrocínios, mortes decorrentes de intervenção policial em serviço e fora de serviço e lesão corporal com resultado morte. Já no mesmo período em 2020, foram 97 mortes violentas.

Entre os casos registrados entre janeiro e março deste ano foram 55 homicídios dolosos consumados, dois feminicídios, três latrocínios e duas mortes decorrentes de intervenção policial. No ano passado no mesmo período foram 78 homicídios dolosos, quatro feminicídios, um latrocínio, 13 mortes decorrentes de intervenção policial e uma lesão corporal que resultou em morte.

A capital foi a que registrou maior taxa de redução nos casos. Segundo os dados, no primeiro trimestre de 2020 foram 75 mortes violetas em Rio Branco, já este ano forma 43, o que representa uma redução de 42,7%. No caso do interior do estado, a cidade com maior número de casos este ano foi Feijó, com oito mortes violentas, sendo que no mesmo período em 2020 foram dois.

O observatório traz ainda a quantidade de mortes violentas no primeiro trimestre nos últimos seis anos. Em 2016 foram contabilizadas 59 mortes, já em 2017 foram 138 casos, sendo a maior da série histórica. No ano de 2018 os dados mostram que chegou a 112 mortes, em 2019 foram 87 casos, em 2020 foram 97 e este ano foram as 62 mortes.

Taxa de mortes violentas

No que se refere à taxa de mortes violentas por grupo de 100 mil habitantes, o Acre, que vinha se mantendo até 2015 abaixo da taxa nacional, apresentou nos anos de 2016 e 2017 um crescimento expressivo, saindo de uma média de 28 casos para cada 100 mil habitantes para uma taxa de 45 e 64, nos anos de 2016 e 2017, respectivamente. Ou seja, taxas sem precedentes históricos. Em 2017, o Acre teve a segunda maior taxa do país.

Em três anos, entre 2015 e 2017, o aumento na taxa foi de 142%. No entanto, a partir do ano de 2018, essa taxa por grupo de 100 mil habitantes começou a apresentar redução. Segundo os dados, a taxa projetada para 2021 é de 27,7 para o mesmo grupo.

Assim como o estado, a capital acreana também apresentou nos últimos anos aumentos contínuos na taxa de mortes violetas. Sendo que em 2017 ocupou o topo do ranking das capitais com uma taxa de 83,5 mortes para cada 100 mil habitantes.

No entanto, em 2018 essa taxa caiu 30% em relação a 2017, assim como em 2019 apresentou uma taxa 22% menor que 2018. Em 2020, Rio Branco voltou a apresentar aumento, porém, menos substancial, de 4,3%.

Instrumento usado

O levantamento mostra que do total de mortes violentas no estado ocorridas no primeiro trimestre de 2021, 67% foram com uso de armas de fogo e 28% com armas brancas. Outros 7% foram com uso de outros instrumentos.

Quanto à autoria das mortes violentas intencionais ocorridas no Acre entre janeiro e março de 2021, 61,3% estão com a autoria desconhecida, ou seja, não foram elucidadas. Outros 38,7% dos casos foram elucidados e estão com autoria conhecida.

Perfil das vítimas

O relatório aponta que 47,5% das vítimas de mortes violentas no estado entre janeiro e março deste ano eram da faixa etária entre 15 a 29 anos. Menos de 25% encontravam-se na faixa etária de 40 a 69 anos.

Com relação ao sexo das vítimas, entre janeiro e março de 2021, nove das 62 pessoas assassinadas eram mulheres. Esse percentual da maioria das vítimas serem homens se mantém desde 2017, segundo os dados. No primeiro trimestre de 2020, do total de mortes 90% eram do sexo masculino.

No primeiro trimestre de 2021 houve redução de roubos de 4,9% em relação ao mesmo período de 2020 — Foto: Reprodução

Redução nos roubos na capital

No caso dos roubos registrados em Rio Branco no primeiro trimestre, os dados do observatório revelam que houve uma redução de 4,9% em relação ao mesmo período de 2020. Ao todo, em 2021 foram registrados 1.228 roubos na capital acreana, enquanto que no mesmo período em 2020 foram 1.291.

Conforme o estudo, na 1ª Regional foram registrados 678 casos de roubos foram entre janeiro e março deste ano, enquanto que no mesmo período no ano passado foram 675. O que representa um pequeno aumento de 0,4%.

Na 2ª Regional, foram contabilizados 435 roubos no primeiro trimestre deste ano e em 2020 tinham sido 464 casos, uma redução de 6,3%. Já com relação à 3ª Regional houve uma redução nos casos, de 24,3%, saindo de 152 roubos em 2020 para 115 em 2021.

Bairros com mais roubos

Os bairros do Belo Jardim I e II/Cidade do Povo, Bosque, Areal e Vila Acre concentram as maiores incidências de roubos ocorridos em 2021. Conforme o estudo, foram 106 roubos registrados no Belo Jardim I e II/Cidade do Povo, outros 67 no Bosque, 60 no bairro Areal e 54 no Vila Acre.

Em seguida vem os bairros Sobral, com 51, Santa Inês, com 34, Seis de Agosto com 33, Centro com 28, Loteamento Praia do Amapá e Santo Afonso, com 25 roubos em cada.

A regional com menor número de casos de roubos é a 3ª. Onde os bairros Loteamento Santa Luzia e Alto Alegre registraram 27 casos este ano. Depois aparece Eldorado com 10 casos, São Francisco e Placas com 9 casos cada um e Xavier Maia, Wanderley Dantas com sete em cada.

Do total de ocorrências de roubo registradas este ano, 49% se concentrou nos dias da semana quarta, quinta e terça-feira. Os dados mostram ainda que 73% ocorreram no período da noite. Além disso 74% foram em vias públicas e 13% em residências. Em 41% dos casos, os criminosos usaram arma de fogo para render as vítimas.

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