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terça-feira, abril 23, 2024

Grupo político que quer criar a Associação dos Motoboys de Cruzeiro do Sul, chama a classe para ouvir os problemas da profissão

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O grupo político ligado ao vereador Gilmar Giles e ao deputado estadual Pedro Longo, quer criar a Associação de Motoboys, em Cruzeiro do Sul, com intuito de disciplinar o ofício, usufruir os benefícios das leis trabalhistas e expor os riscos de ganhar a vida sobre duas rodas.
A reunião entre os representantes da classe, os jovens Miqueias Lima, de 32 anos e Mário Sérgio, de 26, ambos futuros diretores da Associação de Motoboys e os representantes políticos do gabinete do vereador Gilmar Giles e do deputado Pedro Longo, aconteceu na tarde desta segunda-feira (26), na Câmara Municipal de Cruzeiro do Sul.
O grande objetivo do encontro foi, possibilitar aos líderes da categoria exporem as demandas dos trabalhadores, e o que o gabinete dos vereadores podem fazer para ajudar na viabilidade de criação e regulamentação da atividade dos motoboy no município de Cruzeiro do Sul.
Para melhorar as condições de trabalho, é preciso que se crie uma lei municipal determinando que quem esteja exercendo a profissão, apresente os documentos Condumoto e a Licença de Motofrete, que são necessários para o motociclista (motofretista) fazer entrega, coleta e distribuição de documentos e pequenas cargas. Para a obtenção de ambos os documentos é obrigatório, por lei, a realização de cursos específicos.
Com isso, Miqueias, que é líder do movimento de criação da Associação, avalia que a categoria vai dar um passo importante, de respeito e reconhecimento à profissão dentro do aspecto legal.
“Vai motivar muitos motoboys a saírem da clandestinidade, porque uma vez documentados, não sofrerão a discriminação que muitos enfrentam, principalmente durante abordagens feitas pelas autoridades de segurança”, disse.
Mário Sérgio assinalou que em tempos de pandemia, a atividade mostrou a importância que sempre teve, mas de uma forma mais ampla com o reconhecimento de grande parte da sociedade que “confinada em casa ou ‘presa’ no próprio local de trabalho precisou de algum serviço e recorreu aos motoboys para a entrega ou recebimento de mercadoria”.
Por outro lado, a pandemia também prejudicou a atividade, pois as pessoas que perderam o emprego devido à crise sanitária, “juntaram o que tinham compraram uma moto e ‘viraram’ motoboy, porém, sem noção alguma que é uma profissão com regras estabelecidas e que devem ser cumpridas”, afirmou o líder.
“Pessoas assim, trazem problemas aos motoboys que pela inconsequência de uns, acabam sendo marginalizados. Não queremos e nem é nossa intenção criar um clima de divisão, estamos lutando pelo respeito da atividade e de que quem esteja nela, a exerça com profissionalismo”, acrescentou Miqueias.
Na discussão de direitos trabalhistas, a Associação pensa em criar uma tabela de preços pela prestação de serviços, pois atualmente, os valores pagos ficam quase que exclusivamente a critério do contratante, mediante “acertos de boca”. A ideia da Associação é padronizar uma determinada cifra pela hora trabalhada. “A busca do diálogo é importante e evita desgaste de ambas as partes, contratante e contratado”, entende a diretoria.
O Grupo que conta com 100 integrantes foi idealizado no início da pandemia. Com a criação da Associação os membros vão contar com departamento jurídico para assistência aos associados, manter convênios com farmácias e lojas de autopeças para motos, postos de combustíveis ,entre outras ações, que pretende ampliar a partir de que irão ganhar força e mais adesão da categoria.
“A Associação dos Motoboy de Cruzeiro do Sul, é um sonho de muitos, que vamos ajudar a construir”, afirmou Gilmar Giles.
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