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sexta-feira, abril 19, 2024

Internautas oram em favor de Gladson Cameli: “Deus te abençoe e te livre de todo mal”

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A entrevista do governador Gladson Cameli ao site ContilNet, admitindo que não teme ser assassinado como o governador Edmundo Pinto, morto em maio de 1992, mas pedindo que a população e às pessoas de bem que orem por ele, é um dos assuntos mais comentados nas redes sociais desta sexta-feira (30).

O pedido de oração foi atendido por dezenas de pessoas, que não só imploram à Deus pela saúde do governador como também por intercessão divina para que Gladson Cameli não seja morto e que possa concluir seu Governo em paz e com desenvolvimento.

Gladson Cameli está em rota de colisão com o vice-governador Wherles Rocha e seu grupo político, exatamente como ocorreu há 29 anos com Edmundo Pinto em relação a seu vice Romildo Magalhães. A cada vez que assumia o governo em substituição nas viagens Edmundo Pinto para fora do Estado, o governador interino Romildo Magalhães demitia secretários e assessores do governador titular e tentava impor, ainda que em poucos dias, um governo paralelo no Acre.

Major Rocha já disse, em entrevistas e publicações em suas redes sociais, que seguiria os passos de Romildo Magalhães caso tivesse em mãos a caneta de governador interino. Rocha disse que demitiria parentes dos governador, amigos seus e secretários como o de Assuntos Estratégicos, Moisés Diniz. O pior é que, em buscas de meios para combater a pandemia do coronavírus no Acre, inclusive na luta por vacinas para imunizar o povo acreano, o governador precisa se deslocar para fora do Acre com muita frequência. O vice-governador tem elaborado dossiês e fornecido aos adversários do governador, militantes e parlamentares do PT, para que estes formalizem denúncias contra o atual governo do Acre.

Na entrevista concedida ao ContilNet, a bordo de um avião no retorno de Rondônia para o Acre, o governador disse não ter nada a temer em relação às denúncias do vice-governador, admitiu a existência de irregularidades que ele mesmo mandou apurar através da Polícia Civil, cujas providências, com o afastamento, exoneração e até prisão dos acusados, estão sendo tomadas. Mesmo assim, as denúncias do vice-governador resultaram num pedido de CPI (Comissão parlamentar de Inquérito) da Assembleia Legislativa, apresentada por requerimento do deputado Daniel Zen (PT) e assinada por outros oito deputados.

“Acho que isso é um problema da Assembleia Legislativa. Eu não vou interferir”, disse Gladson Cameli. “Sou a favor de investigação. Se querem investigar, que investiguemos outros setores e até o que foi feito lá atrás”, disse Gladson Cameli na entrevista.

Sobre o que aconteceu ao governador Edmundo Pinto, cujo assassinato completa 29 anos no próximo dia 17 de maio, Gladson Cameli disse confiar em Deus, embora, como governador visado por seus adversários aliados ao vice-governador, tenha que tomar alguns cuidados com sua vida privada e segurança pessoal. “Eu confio em Deus, mas espero que as pessoas de bem orem por mim”, disse Gladson Cameli.

Quem não gostou da entrevista nem um pouco foi Wherles Rocha. Em vídeo postado nas redes sociais, o vice-governador reafirmou as denúncias contra Gladson Cameli, insinuou haver corrupção no governo e disse que o governador não está agindo corretamente em relação ao combate à Covid-19. Pesquisas de opinião pública dão ao governador índices de aceitação popular acima de 60% exatamente por seu combate à pandemia do coronavírus.

O vice-governador Wherles Rocha se sentiu incomodado com a publicação porque, na entrevista, é evocado o nome do falecido governador Edmundo Pinto, assassinado após sérias desavenças com o seu vice-governador, Romildo Magalhães. “Eu não queria assumir assim”, disse Romildo Magalhães ao assumir a titularidade do governo do Acre após o assassinato do seu adversário Edmundo Pinto.

Nas orações feitas pelos admiradores do governador, os pedidos são para que a história da morte de um dos governadores mais populares da história do Acre, ocorrida de forma misteriosa e não totalmente esclarecida mesmo passado 29 anos, não se repita.

  • Por Tião Maia, do Contilnet.
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