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quinta-feira, abril 25, 2024

Mãe morre após ter bebê em Hospital de Porto Walter ser liberada para casa

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Maria Geni Alves de Oliveira, de 39 anos, morreu na madrugada da última sexta-feira, 23, em sua casa, após ter alta médica 24 horas depois de ter feito um parto no hospital de Porto Walter. O filho de Geni nasceu morto e após 24 horas depois do parto, a mãe recebeu alta médica.

Ela deixou 10 filhos e entre eles, uma que sofre de epilepsia. Na gravidez, a dona de casa teve suspeita de Covid-19, infecção urinária e anemia grave, mas não foi encaminhada via TFD para Cruzeiro do Sul. “Dona Geni estava extremamente pálida e fraca. Não podia ter ido pra casa daquele jeito e deveria ter sido mandada para Cruzeiro do Sul, porque outras foram mandadas em estado de saúde bem melhor que o dela.

As mulheres grávidas e puérperas não têm tido atendimento adequado na unidade mista do Estado, e a maioria é enviada para Cruzeiro do Sul em avião ou lancha, numa viagem longa e sofrida só pra fazer parto normal”, disse a vereadora Cleide Silva (MDB), que acompanhou a mãe. A dona de casa Maria Geni Alves de Oliveira, de 39 anos, morreu na madrugada de sexta-feira, 23, em sua residência, após pegar alta médica 24 horas depois de dar à luz na unidade mista de saúde de Porto Walter. Dona Geni teve o filho de parto normal, mas a criança já nasceu morta e ela ficou 24 horas internada.

Ela deixou 10 filhos e entre eles, uma que sofre de epilepsia. Durante a gravidez, Geni teve suspeita de Covid-19, infecção urinária e anemia grave, mas não foi encaminhada via TFD para Cruzeiro do Sul. A vereadora Cleide Silva (MDB), que esteve com a mulher 2 dias antes dela ter o filho, conta que Geni estava muito fraca e não entende como ela teve alta médica depois do parto.

“Dona Geni estava extremamente pálida e fraca. Não podia ter ido pra casa daquele jeito e deveria ter sido mandada para Cruzeiro do Sul, porque outras foram mandadas em estado de saúde bem melhor que o dela. As mulheres grávidas e puérperas não têm tido atendimento adequado na unidade mista do Estado, e a maioria é enviada para Cruzeiro do Sul em avião ou lancha, numa viagem longa e sofrida só pra fazer parto normal”, conta a vereadora, acrescentando que a falta de laboratório na Unidade Mista, também motiva a transferência das grávidas para fora do município.

O diretor da Unidade Mista, Erasmo Oliveira disse que houve aumento no número de mulheres grávidas no município, mas reconhece que há problemas no atendimento de grávidas e puérperas. Segundo ele, o médico idoso, de 70 anos, que fica atendendo sozinho por 15 dias, não consegue resolver todas as situações e muitos casos são encaminhados para Cruzeiro do Sul, principalmente quando são mulheres grávidas com algum problema. “Com certeza há deficiência. O médico não tem mais agilidade para o serviço de emergência”, disse.

Com relação ao caso de Geni, ele explica que não havia indicação para TFD nas vezes em que ela esteve na unidade mista antes do parto porque o teste de Covid-19 deu negativo e pela infecção urinária, não há indicação para o Tratamento Fora do Domicílio (TFD).

Ainda segundo o diretor, a família da mulher foi “aconselhada” a levá-la para Cruzeiro do Sul devido à severa anemia e ao quadro geral dela. “Depois do parto ela ficou aqui 24h e saiu daqui andando, mas não sabemos do que ela morreu em casa. Parece que o próprio Dr. Leonardo, que deu a alta dela, assinou o atestado de óbito”, conclui.

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