27.3 C
Juruá
sexta-feira, abril 19, 2024

Vice Rocha diz que PSL não apoiará Gladson para reeleição

Por

- Publicidade -

O vice-governador Major Wherles Rocha declarou a um colunista na capital, que é “zero” a chance de ele e seu partido, o PSL, apoiar a reeleição de Gladson Cameli (Progressistas). Ainda mandou recado a Bittar, afirmando que o PSL não é seu “puxadinho”.

A nível estadual, Márcio Bittar disputa o título de “bolsonarista oficial”, mesmo estando no MDB e com a cooptação do partido por Gladson; ele deve caminhar junto com o governador para sua reeleição.

Já o próprio PSL pode estar se afastando da marca Bolsonaro. “Bolsonarista, pero no mucho” pode ser uma boa definição para o partido que cresceu em todo país graças ao fenômeno eleitoral de Bolsonaro. No Acre, onde o presidente obteve cerca de 70% há dois anos, deve ter parecido um ótimo negócio para Rocha, que é policial e se identifica com a ideologia bolsonarista. Hoje o cenário não é o mesmo.

O problema é que Bolsonaro brigou com mais da metade do partido; entre eles, o atual presidente Luciano Bivar. Major Olímpio, senador falecido recentemente por complicações da Covid-19, foi outro dos nomes fortes do partido que rompeu com Bolsonaro. Joice Hasselman, deputada eleita pelo PSL e uma das figuras mais proeminentes do partido, se tornou uma feroz opositora, chegando a protocolar no Congresso um pedido de avaliação de insanidade do presidente.

No tempo das vacas gordas, quando sua popularidade estava em alta, Bolsonaro desprezou a sigla para a qual se elegeu e passou a apostar na criação de um novo partido: Aliança pelo Brasil. A coleta de assinaturas não alcançou 10% do mínimo necessário. Um dos responsáveis pela criação do “Aliança”, o também mestre dirigente da União do Vegetal, Felipe Belmonte, quando percebeu que seria desprezado por Bolsonaro, saiu fazendo acusações ao filho mais novo de Bolsonaro, Renan. Disse que o mesmo pediu dinheiro para criar uma empresa que teria o governo do pai como principal cliente.

Há no PSL uma ala que rejeita o nome de Bolsonaro, com parlamentares, inclusive, assinando uma carta contra a sua refiliação. Há convites para que Bolsonaro se filie ao Progressista e ao MDB. O PTB de Roberto Jeferson também tem sido uma opção para bolsonaristas como Daniel Silveira, preso por ameaça ao STF; e pode acabar acolhendo a candidatura de Bolsonaro.

A nível estadual há uma grande possibilidade de duas candidaturas mais à direita, com Gladson e MDB de um lado, e o bolsonarista Bittar no pacote; e do outro, Petecão com o apoio de Rocha e do PSL. Resta saber como os dois grupos vão demarcar sua distância em relação ao bolsonarismo. O alinhamento que antes era motivo de disputa pode se tornar um cadáver com a, já identificada, queda na popularidade de Bolsonaro.

Correndo por fora, a candidatura de Jorge Viana ganha fôlego com a reelegibilidade de Lula. Jorge Viana e o PT vinham ensaiando uma candidatura ao senado com o apoio de Petecão. Com Lula candidato, Jorge Viana poderá, inclusive, disputar o governo; se viabilizando como o candidato antibolsonarismo em 2022: um trunfo político que nem Gladson e nem Petecão poderão disputar.

Como o antipetismo foi a grande força política em 2018, a crise econômica sem precedentes e as mais de 300 mil mortes por Covid-19, que podem chegar a meio milhão, numa gestão desastrosa de Bolsonaro, poderá tornar o antibolsonarismo o maior ativo político em 2022.

- Publicidade -
Copiar