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terça-feira, março 19, 2024

Anvisa recomenda suspender vacinação da AstraZeneca em grávidas

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A Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou na noite desta segunda-feira (10) a suspensão imediata da aplicação da vacina contra Covid da AstraZeneca/Fiocruz em grávidas.

A vacina vinha sendo usada, em alguns estados, em gestantes com comorbidades. Agora, só podem ser aplicadas nas grávidas a CoronaVac e a vacina da Pfizer.

O texto da nota emitida pela agência reguladora diz que a orientação é que “seja seguida pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) a indicação da bula da vacina AstraZeneca e que a orientação é resultado do monitoramento de eventos adversos feito de forma constante sobre as vacinas Covid em uso no país”.

A Anvisa, no entanto, não relatou nenhum evento adverso ocorrido em grávidas no Brasil.

O texto diz ainda que “o uso de vacinas em situações não previstas na bula só deve ser feito mediante avaliação individual por um profissional de saúde que considere os riscos e benefícios para a paciente”. A bula atual da vacina contra Covid da AstraZeneca, porém, não recomenda o uso da vacina sem orientação médica.

O Ministério da Saúde incluiu todas as grávidas e puérperas (mulheres no período pós-parto) no plano de imunização em abril. Na época, a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, Franciele Francinato, explicou que a decisão foi tomada visto que esse grupo tem risco maior de hospitalização por Covid-19.

O que diz a AstraZeneca?

Em nota, a AstraZeneca afirmou que “mulheres que estavam grávidas ou amamentando foram excluídas dos estudos clínicos” da vacina. Veja íntegra:

“Referente a suspensão do uso da vacina AstraZeneca/Fiocruz por parte da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a AstraZeneca esclarece que as mulheres que estavam grávidas ou amamentando foram excluídas dos estudos clínicos. Esta é uma precaução usual em ensaios clínicos. Os estudos em animais não indicam efeitos prejudiciais diretos ou indiretos no que diz respeito à gravidez ou ao desenvolvimento fetal.”

Vacinação no Brasil

A primeira dose da vacina contra a Covid-19 já foi aplicada em 35.909.617 pessoas até esta segunda-feira. O número representa 16,96% da população brasileira. A segunda dose já foi aplicada em 18.073.591 pessoas (8,54% da população do país) em todos os estados e no Distrito Federal.

A vacina da AstraZeneca é responsável por 26,4% das pessoas vacinadas no país, segundo o vacinômetro do Ministério da Saúde. Ela permite um distanciamento maior entre a primeira e a segunda injeção: três meses. Clique aqui e entenda qual a proteção da 1ª dose e qual o motivo do intervalo de três meses para a 2ª.

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