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sábado, maio 4, 2024

Baleado em tentativa de assalto em Rio Branco afirma que tiro partiu de policial e espera ser ouvido

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Uma semana depois de receber alta do hospital, o servidor público José Augusto Vieira, de 57 anos, baleado durante uma tentativa de assalto e sequestro, no último dia 4, no bairro Quinze, em Rio Branco, ainda aguarda para ser ouvido pela polícia.

Em entrevista à Rede Amazônica, ele afirmou que o tiro que pegou partiu do policial à paisana que passava pelo local.

Vieira recebeu alta médica do pronto-socorro na última sexta-feira (11). Ele ficou uma semana internado, depois de passar por uma cirurgia. O tiro atingiu o intestino e o rim esquerdo, que precisou ser removido. Agora ele afirma que quer justiça pelo que aconteceu.

“Pensou que eu estava armado. Eu falei: ‘cara, ao invés de acertar o bandido, você fez foi me acertar’. E a sorte minha é que bateu na lataria do carro, pegou na maçaneta pra depois me atingir. Se essa bala vem direto? Agora, ele está falando que foi o meliante que atirou em mim. É impossível. Se ele tivesse atirado em mim daquela distância, com a escopeta que estava na mão, era desgraça. E ele estava do lado contrário, a bala não podia ter furado o carro pelo lado que ele estava”, narrou.

O morador estava saindo de casa quando foi abordado por Wivile Ferreira, de 22 anos, que fugiu após cometer um assalto próximo do local. Para tentar escapar, Ferreira tentou tomar o carro do funcionário público e atirou nele.

Um PM à paisana que passava no local viu a ação criminosa e atirou no assaltante. Ferreira foi atingido com um disparo na região pélvica e morreu na sala de trauma do pronto-socorro antes mesmo de ir para centro cirúrgico.

“7h20 da manhã saí pra ir ao supermercado comprar umas coisas que faltavam para fazer o meu almoço. Não andei 10 metros. Ele apontou pra mim a escopeta, bem na minha frente e pediu pra eu descer. Não deu nem tempo, só abri a maçaneta, foi quando o outro carro preto surgiu, e ele disse: ‘me tira daqui'”, relembrou.

Imagens exclusivas obtidas pela Rede Amazônica mostram o momento exato que policial reage e evita que Vieira fosse sequestrado e resultou na morte de do suspeito e da vítima baleada.

Como consequência do tiro, Vieira perdeu um dos rins. Ele afirma que ainda não foi intimado pela polícia para prestar depoimento e que também não foi procurado pelo policial.

“Perdi um rim e passou também pelo intestino e tive que fazer uma raspagem. E a outra consequência que teve é que acho que eu já estava doente e a apendicite já estava estourada e eles aproveitaram e tiraram também. É isso que a gente fica chateado. É que se ele achasse que não teve culpa nenhuma, tem meu filho aqui, o resto da minha família mora toda aqui, chegar e pedir uma desculpa, dizer que foi sem querer, que foi acertar o bandido e me acertou, mas nada disso”, lamentou.

O que diz a polícia

A Rede Amazônica procurou o delegado Cristiano Bastos, que acompanha o caso, para saber como andam as investigações. Ele informou apenas que Vieira ainda será ouvido e que não foi ouvido antes porque estava aguardando a vítima sair do hospital.

Já sobre o policial militar, a assessoria de comunicação da PM-AC disse que inicialmente não tinha informação sobre a apresentação do PM na delegacia, mas, ao confirmar que se tratava de um militar, a corregedoria deve instaurar um procedimento para averiguar os fatos, e que as informações devem ser adquiridas da Polícia Civil que é quem está responsável pelas investigações e que não se trata de um crime militar porque ele não estava me serviço, por isso toda investigação ocorrer por meio da polícia judiciária.

Depois do susto que passou, o servidor público disse que pretende procurar pelos direitos na justiça.

“Pelas autoridades, não sei, espero que faça justiça porque o culpado é o policial e o chefe dele é o estado. Esse carro que tenho é um carro de 2008, uso pra fazer meu serviço, trabalhar, tenho uma filha especial que precisa dele pra levar ao Pronto-socorro e o carro está todo furado”, acrescentou.

Com informações G1 Acre

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