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quinta-feira, abril 18, 2024

Estado deve pagar R$ 30 mil de indenização para professora feita refém por aluno em escola no Acre

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Após o trauma de passar pelo menos duas horas feita refém sob ameaça e, às vezes, sob a mira de uma arma, uma professora deve ser indenizada pelo estado do Acre em R$ 30 mil. A educadora foi mantida em cárcere privado no ano de 2015, quando um aluno entrou na escola Lourenço Filho, na tentativa de matar outro estudante.

A decisão é 1ª Vara de Fazenda Pública de Rio Branco. A justiça entendeu que por estar em seu local de trabalho, é dever do Estado zelar por sua integridade e concedeu a indenização por dano moral e também o pagamento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), que deve ser recolhido referente ao período trabalhado ente 2008 a 2015.

A advogada da professora, Luana Shely disse que após a experiência traumática, a professora adquiriu síndrome do pânico e não conseguiu mais atuar em sala de aula, além de enfrentar estresse pós-traumático com ataques de pânico, distúrbios do sono.

“Depois disso o trauma dela foi que não conseguia ver alunos, uma pessoa com farda, já entrava em pânico e ela não conseguiu voltar ao trabalho e eles não deram nenhum apoio e não conseguiu mais exercer a profissão. Depois disso, vieram vários outros problemas de saúde, inclusive fibromialgia que é consequência de trauma”, pontuou.

Sem receber qualquer tipo de amparo, a professora que fazia parte dos quadros da educação por meio de processo seletivo, teve o contrato encerrado um semestre depois do ocorrido, no final de 2015. Só em 2019, ela entrou com a ação que pedia ainda o pagamento de férias e 13º salário, mas esse pedido foi negado pelo juiz.

Segundo o processo, a profissional trabalhava na escola Lourenço filho e o rapaz chegou atrás de outra pessoa e, ao ser chamado na sala da coordenação, correu para o banheiro com a namorada e jogou a arma no vaso, em seguida o aluno foi levado para a sala da coordenação.

A professora encontrou a arma e levou para a sala da coordenação sem saber que o aluno estava no local. Em seguida, o outro coordenador saiu da sala e a vítima ficou só com o aluno que tomou a arma dela e por várias vezes chegou a apontar para ela. Foram pelo menos duas horas de conversas para que o rapaz entregasse a arma.

“O constrangimento foi esse, ela estava na escola, o rapaz entrou, ela tentou conversar com ele, mas, foi muito agressivo e conseguiram, depois de muito tempo, tirar essa arma dele”, concluiu.

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