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quarta-feira, abril 24, 2024

Casal lésbico de Cruzeiro do Sul conta como teve bebê através de inseminação caseira

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Da infância ao envelhecimento, a maternidade costura grande parte das narrativas das vidas das mulheres; em forma de romantismo, desejo, projeção e confirmação da feminilidade. Muitas vezes, a maternidade aparece para as mulheres em caráter compulsório, imposto; outras por acidente; para algumas, uma luta incessante, enquanto outras esbarram em barreiras biológicas. Este foi o caso do casal lésbico Vitória e Thayres. Segundo o casal, a gravidez só foi possível após uma inseminação caseira.

Vitória procurou a equipe dO Juruá em Tempo para contar a linda história de amor com sua companheira Thayres. O casal mora junto há cerca de dois anos, e sempre tiveram o desejo de se tornarem mães. Resolveram, então, procurar métodos para realizar uma inseminação artificial, também conhecida como inseminação intrauterina (IIU); trata-se de uma técnica de reprodução assistida em que o sêmen é depositado diretamente na cavidade uterina da mulher durante o período fértil, aumentando as chances de conceber uma gravidez, especialmente em casos de infertilidade. Mas devido ao valor cobrado para o procedimento, elas desistiram temporariamente do sonho.

Foi aí que elas decidiram fazer uma inseminação caseira. Tecnicamente, o procedimento tem metodologia semelhante, mas com um diferencial: o espermatozoide é tratado como em laboratório, e a inseminação é feita de uma forma mais grosseira, sem anestésicos ou instrumentos apropriados.
Esse método é muito utilizado por mulheres que desejam ter filhos, mas encontram dificuldades por diversos motivos: seja por problemas de infertilidade ou mesmo esterilidade; seja porque o companheiro/parceiro não quer ter filhos e ejacula sempre fora ou na camisinha; seja como alternativa para casais de mesmo sexo que recorrem a doadores de sêmen.

As jovens, então, decidiram procurar um doador nas redes sociais disposto à ajudá-las. Depois de muita procura, elas conseguiram encontrar alguém disposto a fazer a doação. O doador fez alguns exames para descartar doenças; em seguida, foi registrado um documento no fórum onde o doador abre mão da paternidade e se declara apenas como doador do sêmen.

“Foi bem difícil achar alguém que estivesse disposto a fazer isso, mas graças a Deus encontramos o rapaz. Levamos ele ao médico, fizemos alguns exames e depois que estava tudo certo, fizemos o documento dele abrindo mão da paternidade. Até hoje nunca tivemos nenhum tipo de problema com ele. Ele já veio visitar nossa casa umas três vezes depois do nascimento do nosso filho”, disse Vitória.

Vitória disse, ainda, que sempre recebeu o apoio da família e dos amigos próximos. “A minha família aceitou superbem, sempre me apoiaram, nunca me viraram as costas. Graças a Deus sempre tive o apoio, principalmente, de minha mãe.

O casal lésbico registrou e compartilhou todo o processo de gravidez no YouTube, no canal do casal denominado “Thayres e Vitória”. Atualmente, o canal conta com mais de 7 mil inscritos. Lá há diferentes registros sobre o dia a dia de Pietro, filho de Thayres e Vitória; atualmente, com seis meses.

https://www.youtube.com/channel/UC_ZJEEEG6zI5B9bxmbnvdiw

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