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Morador de Rio Branco usa as redes sociais para denunciar peça de raio-X descartado de forma irregularmente

Um morador da cidade de Rio Branco (AC) utilizou as redes sociais para realizar uma denúncia informando que um pedaço de uma peça da máquina de raio-X foi descartada próximo a Fundação Hospital Estadual do Acre. De acordo com o denunciante, ele perguntou de um amigo – que é técnico em radiologia sobre a peça encontrada. O amigo confirmou que a peça é parte de uma máquina de raio-X.

Na denúncia, o homem cobra que o Ministério Público do Estado do Acre, a Secretaria Estadual de Saúde do Acre (Sesacre), e o governador Gladson Cameli tomem providências urgentes, uma vez que o material da peça é radioativo e pode causar danos irreparáveis para a saúde humana.

Segundo é informado no site do Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear, aparelhos de raios-X não contêm material radioativo; logo, a norma da CNEN que dispõe sobre a gerência de rejeitos radioativos não é aplicável nesse caso. Sendo assim, o CDTN não recebe esses aparelhos.

Para descartar aparelhos de raios-X, as orientações da instituição são as seguintes:

1. Remover qualquer indicação de radiação que houver no aparelho;
2. Retirar a ampola/tubo de vidro do equipamento, acondicionar com segurança para evitar que quebre e encaminhá-la para reciclagem (é semelhante a uma lâmpada) para aproveitamento de cada parte, ou descartar em aterro sanitário licenciado;
3. Cortar o fio de energia elétrica do equipamento;
4. Encaminhar a sucata metálica (basicamente chumbo) para reciclagem;
5. Se o equipamento tiver sido fabricado antes de 1981, pode ter ascarel no transformador. Por ser um produto muito perigoso, o ascarel deve ser drenado cuidadosamente, ser acondicionado em frasco hermético e destinado para incineração em equipamento especialmente licenciado para fazer esse serviço.

Acidente Radioativo em Goiânia

O maior acidente radiológico do mundo começou quando no dia 13 de setembro de 1987, quando dois catadores de recicláveis acharam um aparelho de radioterapia abandonado. Eles desmontaram e venderam em um ferro velho de Goiânia.

Eles não tinham noção de que se tratava do Césio-137 – altamente radioativo; o pó de coloração azul que ficava no equipamento causou quatro mortes e contaminou, pelo menos, 249 pessoas.

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