Já se passou mais de um ano desde que a digital influencer Ludmilla Cavalcante viu a filha Antonella pela última vez. A criança está com o pai no interior do São Paulo (SP), onde ele mora, desde setembro do ano passado e um processo judicial decide o futuro da guarda da pequena.
O processo, que corre em segredo de Justiça, está em fase final, somente aguardando decisão da Justiça de São Paulo e, nesse domingo (26), o apelo de Ludmilla voltou a movimentar a Internet.
Com a hashtag #justiçaporantonela, a mãe lembrou que nesta terça-feira (28) a menina completa dois anos de idade e lamentou não poder estar perto da filha.
“Ontem [domingo,26] fizemos uma petição simples de urgência, porque o Ministério Público de São Paulo fez um parecer que não era favorável a mim. Então, antes de sair a sentença do juiz, pedimos uma nova vista. Já teve a audiência, estamos na fase final do processo, esperando somente a decisão do juiz”, disse Ludmilla.
O g1 entrou em contato com o pai da criança nesta segunda-feira (27), mas não obteve resposta até última atualização desta reportagem. Em matéria publicada em julho desse ano, o homem, que pediu para não ter o nome divulgado, afirmou que não impedia a ex-companheira de falar com a filha.
“Ela fica de 20 dias sem ligar, mas é porque não quer. Então, não é do jeito que ela está falando. Fizemos um acordo, nossa preocupação hoje é só em prol da Antonella. Não é questão de dinheiro, é de cuidado. Está sendo muito bem cuidada, quem vai dizer isso é o estudo psicossocial que está sendo feito. Ela me entregou porque não tinha condições de cuidar, cada semana estava com uma pessoa diferente, não estava cuidando”, disse ele na época.
Batalha pela guarda e reconhecimento da segunda filha
Ludmilla conta que em setembro de 2020 foi combinado que o ex-companheiro ficaria com Antonella até o parto da segunda filha, em novembro do ano passado.
Após o nascimento da segunda filha, Ludmilla disse que passou a pedir para o ex que a filha voltasse para Rio Branco para ficar com ela. Foi aí que descobriu que, em menos de um mês, o homem tinha conseguido a guarda provisória e a menina não voltaria.
A influenciadora e o pai da menina tiveram um relacionamento de mais de dois anos. Ele, que mora no interior de São Paulo, sempre visita o Acre a trabalho e, segundo informou à reportagem, é casado e tem família no estado paulista. Ele conheceu a jovem em uma festa, se relacionaram e ela engravidou de Antonella.
A criança foi registrada, mas os pais não seguiram no relacionamento. Após um tempo, o ex-casal teve uma recaída e Ludmilla acabou engravidando novamente. A influencer contou que entrou na Justiça para pedir o reconhecimento de paternidade da segunda filha. Já o pai alegou que pediu o exame de DNA para comprovar a paternidade.
Em nota, o Ministério Público do Acre disse que o caso da pequena Antonella não é mais atribuição do órgão e nem de competência do Judiciário do Acre, uma vez que o processo tramita em São Paulo, em razão da guarda provisória ter sido concedida naquele estado. O órgão falou ainda com relação ao outro processo da segunda filha da influenciadora, que tenta reconhecimento de paternidade.
“O segundo processo, que trata de reconhecimento de paternidade da outra filha, este ainda não foi encaminhado ao MP-AC. Os atos de comunicação, como intimação da parte adversa são atos que decorrem do Poder Judiciário, não tendo o MP-AC qualquer gestão. Por fim, colocamo-nos à disposição para atender a mãe, orientar e prestar qualquer esclarecimento que for necessário”, diz a nota.
Ludmilla expôs o caso nas redes sociais, fez vídeos contando a história e recebe apoio de várias seguidoras. A jovem diz também que não consegue falar direito e nem ver a filha nas chamadas de vídeo e teme que a menina não lembre mais dela e cresça sem contato com ela.
- Por Iryá Rodrigues, g1 AC.


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