Agentes das polícias Civil e Militar agiram em conjunto para prender o homem acusado de matar a jovem Genagila Nascimento de Lima, de 26 anos. Gleisson Souza Nascimento, vulgo “Pico”, foi preso no bairro São Vidal, na cidade de Mâncio Lima.
Os policiais rapidamente se deslocaram ao endereço informado e realizam um cerco, onde Pico estava escondido. Na oportunidade foi recuperada uma motocicleta de cor vermelha, que havia sido roubado da vítima Genagila.
Durante seu depoimento ao delegado José Obetanio, o acusado Gleisson, vulgo “Pico” contou todos os detalhes do bárbaro crime, que chocou o estado do Acre. De acordo Pico, quando ainda estava preso no Complexo Penitenciário Manoel Neri, com o ex-companheiro da jovem Genagila, o vulgo Bebezão, teria contratado o mesmo, para tirar a vida da moça, pois, estaria sendo traído com outros homens.
DIA DO CRIME
Na sexta-feira (17), o individuou informou ao delegado que estava no município de Mâncio Lima e se dirigiu até a praça do Bradesco em Cruzeiro do Sul, onde teria se encontrado com dois homens, que estavam em um veículo Gol, na cor branca, sem placas. E à mando do presidiário, Bebezão, entregaram uma quantia de R$ 5 Mil reais. Segundo informou Pico, os dois homens eram soldados do Bebezão.
Após receber o valor em dinheiro, Pico, disse que ligou para a vítima e pediu para à mesma se deslocar à praça do Bradesco, pois, iria lhe entregar um dinheiro que o Bebezão o havia mandado. Genagila então foi até o local informado e se encontrou com Pico. De lá, o homem convenceu a jovem ir até o município de Mâncio Lima, pois, o dinheiro estaria lá.
O homem disse que ao chegar próximo da Boca da Alemanha, olhou para trás e viu estava sendo seguido pelo mesmo carro que havia lhe encontrado na praça. Após passar pelo lixão de Mâncio Lima, a vítima Genagila, perguntou se era uma emboscada, o homem informou que não, e continuou pilotando a motocicleta.
O CRIME
Quando chegou no sítio onde a Genagila seria morta, Pico teria pedido o celular da jovem, informando de que queria ver as mensagens que contia no aparelho. A moça disse que “preferia morrer ao ter que dar a senha do seu celular”. Pico falou ao delegado, que ele e a vítima travaram uma luta corporal, e, ele deu uma rasteira nela, após cair ainda tentou correr, o acusado disse que apontou a arma, Genagila parou, logo em seguida, teve suas mãos amarradas com barbantes, e foi obrigada a ficar de joelhos. Pico disse ainda que nesse momento efetuou apenas um disparo na região do seu coração.
A moça veio a óbito no exato momento; como já estava na lama, Pico disse que jogou apenas o capim no corpo da vítima, na intensão de ocultar o cadáver.
Pico informou ainda que os dois homens de confiança de Bebezão, estavam no local, e apenas assistiram a execução; após a confirmação do crime teriam ido embora.
FUGA
Após o crime o homem disse que pegou a motocicleta da jovem, e se deslocou até a Comunidade do Pentecoste e teria ficado escondido por alguns dias. E algumas vezes saiu para observar como estavam as coisas, quando percebeu a presença de alguns faccionados, e imaginou que presidiário Bebezão, teria mandado matá-lo.
O acusado relatou que por dentro da mata, teria se deslocado até o Ramal Tiririca, e ficado numa casa abandonada, e na segunda-feira (27), teria chegado ao bairro São Vidal, na cidade de Mâncio Lima, e que nesta terça-feira (28), iria para a cidade de Rio Branco, e posteriormente iria para a cidade de São Paulo, e seria recebido por um faccionado de uma outra facção e prestaria serviços à está determinada facção.
Genagila que estava desaparecida desde a última sexta-feira (17), teve o corpo encontrado por familiares em uma cova rasa no final da manhã deste domingo (19), no ramal do Chaparral, zona rural do município de Mâncio Lima, no interior do Acre.

