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Indígenas acreanas amazonenses participam de marcha das mulheres em Brasília

Edna Shanenawa, Mukani Shanenawa, Valdirene Huni Kuin, Marlene Oliveira Rodrigues Kaxinawá, Iakupã Apurinã, Marlene Oliveira Rodrigues Kaxinawá e Aldeci Nawa são algumas das lideranças femininas indígenas acreanas que foram a Brasília para participar da segunda marcha das mulheres indígenas.

A 2ª Marcha Nacional das Mulheres Indígenas teve início no dia 7 e setembro, em Brasília, com a chegada e acolhida das delegações que participarão dos atos, que vão até sábado (11).

O tema deste ano é: Mulheres originárias: Reflorestando mentes para a cura da Terra. Cerca de 4 mil mulheres, de mais de 150 povos de todos os biomas do Brasil, devem participar do evento.

“Nós, mulheres indígenas, lutamos pela demarcação das terras indígenas, contra a liberação da mineração e do arrendamento dos nossos territórios, contra a tentativa de flexibilizar o licenciamento ambiental, contra o financiamento do armamento no campo. Enfrentamos o desmonte das políticas indigenista e ambiental”, diz o manifesto da marcha.

O evento é promovido pela Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (Anmiga) e as atividades se concentram no espaço da Fundação Nacional de Artes (Funarte), na área central da capital federal. Estão previstas audiências, ações culturais e grupos de trabalho. Na quinta-feira (9), elas sairão em caminhada até a Praça dos Três Poderes.

A Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (ANMIGA), é uma articulação de Mulheres Indígenas de todos biomas do Brasil, com saberes, tradições, lutas que se somam e convergem, que juntou mulheres mobilizadas pela garantia dos direitos e vida dos povos indígenas.

“Estamos em busca da garantia de nossos territórios, pelas que nos antecederam, para as presentes e futuras gerações, defendendo o meio ambiente, este bem comum que garante nossos modos de vida enquanto humanidade. Para além de mero recurso físico, é igualmente morada dos espíritos das florestas, dos animais e das águas da vida como um todo, fonte de nossos conhecimentos ancestrais”, afirma a coordenação da II Marcha Nacional das Mulheres Indígenas.

“Na Luta a gente até passa perfume, mas se banha com proteção! Não lutar com a mesma arma do inimigo, não significa que estamos desarmadas”, afirma Célia Xakriabá, da organização da II Marcha Nacional das Mulheres Indígenas.

“Nós estamos aqui em Brasília para defender principalmente o nosso direito à terra que é muito importante para nós”, disse Zuíla Kulina, do povo Kulina de Eirunepé, no médio Juruá.

A presença das mulheres indígenas do Acre e Sul do Amazonas são apoiadas pelos Instituto Fronteiras, formadas por professores e estudantes do Campus Floresta da UFAC de Cruzeiro do Sul.

Com Informações: Agência Brasil, site da Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (ANMIGA), Instituto Fronteiras de Cruzeiro do Sul.

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