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sexta-feira, abril 26, 2024

Assistentes Educacionais de escolas do Vale do Juruá fazem manifestação por não serem contemplados com abono do Fundeb: “Educação não é feita só pelo professor”

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Nesta terça-feira (23), o governador Gladson Cameli assinou e encaminhou à Assembleia Legislativa o projeto de lei que concede abono salarial de R$ 16.609,18 a profissionais da educação.

O abono reconhecerá professores, especialistas em educação, coordenadores de ensino, coordenadores pedagógicos, gestores escolares e servidores cedidos que estejam na função de magistério e direção escolar. Porém, os profissionais de apoio, Assistentes Educacionais de Atendimento Educacional Especializado (AEE), equipe de cozinha, vigilantes, bibliotecários e outras categorias, não serão contemplados.

Em razão disso, servidores de apoio da Escola 1° de Maio, em Mâncio Lima, decidiram fazer uma manifestação. Nas redes sociais, os assistentes lançaram a campanha #AescolaNãoFuncionaSoComProfessor.

“É revoltante saber que mais uma vez nossa categoria está sendo excluída diante de tanto dinheiro em conta que poderia ser distribuído para todos, gratificando todos os envolvidos que fazem a educação acontecer, principalmente dentro da sala de aula”, diz o cartaz da campanha.

Outra instituição que também resolveu fazer uma manifestação, foi a Escola Craveiro Costa. Os assistentes de AEE, servidores da biblioteca e do laboratório de informática e ciência pararam. Ao todo, mais de 20 funcionários da escola aderiram ao movimento.

Segundo os manifestantes, eles estão aguardando o posicionamento de Rio Branco. “O que a gente reivindica é que sejamos incluídos no abono do Fundeb, porque trabalhamos na escola, estamos nos bastidores e na hora de repassar o recurso, só contemplaram os professores.”, disse um dos manifestantes.

Além dessas instituições, as escolas Absolon Moreira, Madre Adelgundes Becker, 7 de Setembro, Presbiteriana, Cristão Cruzeiro, Braz de Aguiar, Professor Flodoardo Cabral e Dom Henrique Ruth também aderiram ao movimento.

“Se tiver uma greve, isso prejudica a escola, porque é impossível os professores fazerem a parte administrativa e ainda dá aula”, concluiu.

“Educação não é feita só pelo professor, em uma escola tem todo um corpo que fica por detrás das câmeras, que são os servidores de apoio. O nosso governador, infelizmente, não olhou para essa classe. Todos são fazedores da educação, por que não tratar todos com igualdade?”, disse Elenildo Costa, coordenador administrativo da Escola Craveiro Costa.

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