Ícone do site O Juruá Em Tempo

Assistentes Educacionais de escolas do Vale do Juruá fazem manifestação por não serem contemplados com abono do Fundeb: “Educação não é feita só pelo professor”

Nesta terça-feira (23), o governador Gladson Cameli assinou e encaminhou à Assembleia Legislativa o projeto de lei que concede abono salarial de R$ 16.609,18 a profissionais da educação.

O abono reconhecerá professores, especialistas em educação, coordenadores de ensino, coordenadores pedagógicos, gestores escolares e servidores cedidos que estejam na função de magistério e direção escolar. Porém, os profissionais de apoio, Assistentes Educacionais de Atendimento Educacional Especializado (AEE), equipe de cozinha, vigilantes, bibliotecários e outras categorias, não serão contemplados.

Em razão disso, servidores de apoio da Escola 1° de Maio, em Mâncio Lima, decidiram fazer uma manifestação. Nas redes sociais, os assistentes lançaram a campanha #AescolaNãoFuncionaSoComProfessor.

“É revoltante saber que mais uma vez nossa categoria está sendo excluída diante de tanto dinheiro em conta que poderia ser distribuído para todos, gratificando todos os envolvidos que fazem a educação acontecer, principalmente dentro da sala de aula”, diz o cartaz da campanha.

Outra instituição que também resolveu fazer uma manifestação, foi a Escola Craveiro Costa. Os assistentes de AEE, servidores da biblioteca e do laboratório de informática e ciência pararam. Ao todo, mais de 20 funcionários da escola aderiram ao movimento.

Segundo os manifestantes, eles estão aguardando o posicionamento de Rio Branco. “O que a gente reivindica é que sejamos incluídos no abono do Fundeb, porque trabalhamos na escola, estamos nos bastidores e na hora de repassar o recurso, só contemplaram os professores.”, disse um dos manifestantes.

Além dessas instituições, as escolas Absolon Moreira, Madre Adelgundes Becker, 7 de Setembro, Presbiteriana, Cristão Cruzeiro, Braz de Aguiar, Professor Flodoardo Cabral e Dom Henrique Ruth também aderiram ao movimento.

“Se tiver uma greve, isso prejudica a escola, porque é impossível os professores fazerem a parte administrativa e ainda dá aula”, concluiu.

“Educação não é feita só pelo professor, em uma escola tem todo um corpo que fica por detrás das câmeras, que são os servidores de apoio. O nosso governador, infelizmente, não olhou para essa classe. Todos são fazedores da educação, por que não tratar todos com igualdade?”, disse Elenildo Costa, coordenador administrativo da Escola Craveiro Costa.

Sair da versão mobile