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Cruzeiro do Sul ganha novos cães farejadores devido aumento do tráfico na região

As forças policiais de Cruzeiro do Sul ganharão novos cachorros farejadores para atuar nas operações de  combate ao tráfico de drogas. Ainda não há data prevista para a chegada dos cães, nem a quantidade de animações que reforçará o efetivo canino do Vale do Juruá.

Atualmente, a Polícia Militar de Cruzeiro do Sul conta com três cães e a Polícia Civil não tem nenhum. O coordenador-geral de Fronteiras do Arco Norte, do programa Vigia, do Ministério da Justiça, Ruberlaide Oliveira,  capitão João Gilberto e Assistente Técnico Iggo de Paulo, foram ao município nessa sexta-feira, 19 para tratar deste e outros assuntos com o delegado de Polícia, Heverton Carvalho, Comandante do Policiamento Especializado,  tenente Daniel e representante da secretaria de Segurança Pública, coronel  James Cley.

“A reunião foi de alinhamento operacional, apresentação e discussão de projetos para beneficiar as operações policiais com uso de cães farejadores no Vale do Juruá”, explicou a assessoria de comunicação da PM de Cruzeiro do Sul.

O delegado Heverton Carvalho, titular da DRACO, explica que o projeto apresentado tem outras ações. “O projeto  prevê ainda a cessão de viaturas e aplicação de cursos”.

Cães fazem grandes apreensões de drogas na região

Criado em dezembro de 2017, o Grupamento de Operações com Cães – GOC,  ligado ao COE da Polícia Militar de Cruzeiro do Sul, tem feito a diferença na apreensão de entorpecentes no Juruá, que é corredor de drogas vindas do país vizinho, o Peru.  O Grupamento conta com 3 cachorros, que somente em operações  fevereiro a abril do ano passado, acharam em veículos e outros locais,   mais de 50 quilos de drogas, incluindo cocaína, skunk e maconha.

Para ingressar na unidade, os animais passam por testes comportamentais, morfológicos e genéticos. Os selecionados são treinados por cerca de um ano e meio.

O GOC conta com cães das raças pastor belga malinois e labrador, que atuam, por meio  de sua  capacidade olfativa, na detecção de armas, munições e entorpecentes. Os treinamentos são diários e os adestradores  simulam diversos cenários, com o objetivo de tornar os treinos mais próximos de uma situação real de busca.

O  comandante da PM de Cruzeiro do Sul, coronel Evandro Bezerra,  afirma que os bons resultados do  Grupo de Operações com cães no combate à  criminalidade se dá a partir  da expertise do policial militar aliada à sensibilidade do cão.  “Após contínuos treinamentos, chegam ao que chamamos de binômio homem/cão, dupla perfeita em ações policiais não convencionais muito eficazes, principalmente, no combate ao tráfico de drogas e armas na nossa região”. Ao contrário do que muitos pensam, os cães não têm qualquer tipo de contato com o entorpecente. São treinados desde filhotes para identificar determinados odores de assinaturas químicas que compõe essas substancias”.

A rotina dos cachorros  inclui  a  condução e  faro de drogas, armas e explosivos. Seu emprego se faz em meio a terrenos diversos, residências, construções, áreas de floresta, além de veículos particulares e coletivos, bem como, aeronaves e embarcações.

Três  policiais militares, que lidam com os animais, passaram por capacitação nas áreas de detecção, guarda e proteção.

Os cachorros  atuam por aproximadamente  oito anos e, após a aposentadoria, são encaminhados para adoção com prioridade para o  militar que trabalhou por mais tempo com o cão.

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