Major Rocha (PSL), governador em exercício, exonerou na manhã desta quarta-feira (03), o procurador João Paulo Setti, do cargo de Procurador-Geral da PGE/AC. Ao assumir como governador em exercício na semana passada, Rocha já havia adiantado que não teria nenhum problema em exonerar secretários de Estado, sinalizando que tomaria algum tipo de decisão.
O governador Gladson Cameli (PP), se ausentou do Estado para participar da COP 26, na Escócia. E disse que não acreditava em nenhuma ação de Rocha em relação a exonerar secretários.
O que teria motivado a exoneração de Paulo Setti, do cargo de Procurador Geral do Estado, foi um suposto esquema de lavagem de dinheiro, chamado de “máfia dos precatórios”. A denúncia foi feita à Polícia Federal pelo ex-procurador geral de Justiça do Acre, Edmar Azevedo Monteiro Filho. O caso chegou à polícia em fevereiro deste ano, mas recentemente o termo de declaração com o relato do ex-procurador veio à tona.
O procurador João Paulo Setti disse que foi comunicado sobre sua exoneração ainda nessa terça-feira (2) através de um telefonema pelo gabinete de Rocha. Por meio de nota, o procurador afirmou está tranquilo com relação ao caso.
“Sexta-feira [29], o conselho superior da Procuradoria-Geral do Estado já lançou nota de esclarecimento sobre isso, então se existem dúvidas, que sejam investigadas, sejam apuradas. Mas, estou muito tranquilo com relação a isso. Sou servidor público, meu cargo é demissível e tenho que respeitar a decisão, agora não pelas razões apontadas.”
“Mesmo não entendendo tal atitude, como servidor público e cidadão é meu dever acatar as decisões das autoridades constituídas e continuar trabalhando pelo bem do Estado do Acre”, disse.
O governador em exercício, Marjor Rocha, disse durante coletiva que conversou com membros da Procuradoria e entendeu que, neste momento, para preservar a imagem da Procuradoria-Geral do Estado o melhor a se fazer é exonerar João Paulo.
“Longe de mim fazer qualquer juízo de valor ou julgar quem quer que seja, mas esse fato veio a público no momento que estou em exercício do governo do estado e esse momento exige uma resposta rápida. Conversei com membros da Procuradoria e entendi que, neste momento, para preservar a imagem da Procuradoria-Geral do Estado, um órgão que tem muita relevância na gestão do Estado do Acre é interessante afastar ou exonerar o procurador-geral que, segundo consta, estaria figurando com um dos envolvidos nessa situação”, enfatizou o governador.