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terça-feira, abril 16, 2024

Povos indígenas do Juruá renovam compromisso de luta em Assembleia da Opirj

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A Organização dos Povos Indígenas do Rio Juruá (Opirj) realizou, nos dias 4 e 5 de novembro, sua Assembleia Geral, renovando o compromisso das comunidades na luta por seus direitos e elegendo sua nova diretoria para os anos 2022-2024.

A Assembleia ocorreu em Cruzeiro do Sul, no auditório da Embrapa, e em seu fechamento teve a participação ainda de representantes da Funai, Exército Brasileiro, Dsei Juruá e ICMBio. A direção eleita foi Francisco Piyãko, como coordenador; Osmildo da Conceição, como vice-coordenador; Adeildo Siqueira, 1º secretário; Lair Lima, 2º secretário; Luiz Nukini, 1º tesoureiro e Francisco Lima, 2º tesoureiro.

Durante a Assembleia, foram debatidas as principais ameaças para as comunidades indígenas da região e as estratégias de atuação da Opirj para enfrentar esses desafios na proteção do território e dos direitos dos povos. Um dos principais pontos levantados foi o desmantelamento das instituições e políticas públicas que de proteção, promoção e desenvolvimento dos povos indígenas.

“A gente está sofrendo consequência e impactos de ameaças como o tráfico de drogas, que está caminhando para o entorno e para dentro dos nossos territórios. Estamos com medo de ficar refém disso, por isso precisamos do Estado mais presente para ajudar. Estamos para somar e proteger tudo aquilo que é nosso direito e dentro do nosso papel, como povo indígena. Nos colocamos a serviço de fazer desta região, um lugar bom para viver”, afirmou Francisco Piyãko.

Sobre a atuação da Opirj, que abrange 11 comunidades indígenas da região do Rio Juruá, o primeiro tesoureiro, Luiz Nukini, explica que a organização trabalha em parceria com as instituições públicas, ajudando a dar apoio aos povos na questão de saúde, políticas públicas, cultura, educação e questão fundiária. “Essa organização social é o príncipio das políticas indígenas hoje, no país e no Acre. O movimento, junto de outros membros da sociedade, foi que conquistou uma educação diferenciada, o subsistema de saúde e uma Regional da Funai em Cruzeiro do Sul, por exemplo. Hoje, aqui, estamos dando continuidade a esse movimento”.

Outras ameaças apresentadas durante a Assembleia foram os riscos das estradas construídas dentro das florestas, cortando territórios ou próximos, como a Rodovia BR-364 que vai ligar Cruzeiro do Sul a Pucallpa, a UC-105, no Peru, e outros caminhos abertos ligando os municípios da região. Além, ainda, da invasão dos territórios, para caça, pesca e outras atividades ilegais.

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