Doze estados e o Distrito Federal pediram para o Ministério da Saúde suspender temporariamente o envio de doses da vacina anti-Covid da Pfizer. A pandemia não acabou, a variante ômicron é extremamente contagiosa, mas a procura está baixa.
As prateleiras estão cheias de vacina da Pfizer. O que não tem aparecido é braço. Na Paraíba, 400 mil pessoas estão em atraso com a segunda dose e 300 mil com a dose de reforço. O estado se prepara para fazer um mutirão de vacina nesta quarta (22).
“Ampliar os horários de vacinação, levar vacina para perto das pessoas. Para que a gente tenha um crescimento de cobertura, e esse não é um desafio só da Paraíba”, comenta Daniel Beltrammi, secretário-executivo de Saúde do estado da Paraíba.
No Acre, o estoque de Pfizer chegou a 100 mil doses e não há mais espaço para guardar os imunizantes.
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Governo do Tocantins pede que Ministério da Saúde suspenda envio de vacinas da Pfizer em janeiro.
O Ministério da Saúde recebeu o pedido de 12 estados, além do Distrito Federal, para parar de enviar, temporariamente, vacina da Pfizer: três são da Região Norte, cinco do Nordeste, dois do Sudeste, um do Sul e dois do Centro-Oeste.
Além de ter vacina em número suficiente, as secretarias estaduais de Saúde argumentam que o curto prazo de validade da Pfizer e as condições necessárias de refrigeração dificultam o armazenamento de mais doses.
Já Alagoas, Pará e Paraná pediram ao Ministério da Saúde para receber menos doses da Pfizer.
Práticas que não são comuns, segundo a epidemiologista Carla Domingues, que já esteve à Frente do Programa Nacional de Imunizações.
“Não é usual. O planejamento do Ministério da Saúde precisa se dar em cima da população alvo a ser vacinada. Se os estados não estão pedindo doses é porque está sobrando vacinas e as pessoas não estão procurando os serviços no momento oportuno”, destaca.
Os estoques cheios e parados geram uma preocupação: o risco de desperdiçar vacina. E às vésperas das festas de fim de ano, os especialistas dizem que é ainda mais importante proteger toda a população.
Quem tomou a segunda dose há pelos quatro meses, pode receber a dose de reforço, preferencialmente com Pfizer, pela recomendação do Ministério da Saúde.
Por G1