ONGs de proteção aos animais de Rio Branco entraram com uma ação pública na Justiça para cancelar a queima de fogos anunciada pelo prefeito Tião Bocalom para a virada do ano na noite desta sexta-feira (31). Segundo os grupos, um ofício foi enviado à prefeitura para que fossem usados fogos silenciosos, mas não obtiveram respostas.
A preocupação é com os animais que se assustam com o barulho, acabam fugindo e até sendo atropelados, além dos riscos de desenvolveram diversas doenças. Outro ponto levantado pelas ONGs é que também pessoas autistas, idosos e bebês são prejudicados com a poluição sonora.
Vanessa Facundes, que é presidente da ONG Patinha Carente e que também é da Comissão de Defesa e Proteção dos Animais da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Acre (OAB-AC), diz que a ação foi ingressada ainda na quarta-feira (29) e esperam ter um parecer favorável.
“Primeiramente protocolamos um ofício na prefeitura, mas não tivemos respostas até hoje. Também fizemos uma petição on-line com mais de 3 mil assinaturas e entramos com uma ação, junto com o deputado Pedro Longo e a Associação Amor a Quatro patas com uma ação popular pra tentar suspender o evento”, destaca.
‘ONGs que têm feito o trabalho do poder público’
A advogada e ativista lembra ainda que foram empregados cerca de R$ 300 mil na queima de fogos na cidade – dinheiro que, segundo ela, poderia está sendo empregado em outros setores.
“É um sofrimento grande para algumas pessoas também, é uma poluição sonora desnecessária e um gasto absurdo. Aqui serão quase R$ 300 mil que poderiam ser investidos em outra área, inclusive na causa animal, porque são as ONGs que têm feito o trabalho do poder público. Nesse período, os animais fogem, ficam perdidos, são atropelados, e quem cuida deles não é o prefeito são as ONGs”, pontua.
Ainda no começo deste mês, a associação abriu uma petição on-line para reunir assinaturas contra o evento. Até a manhã desta quinta-feira (30), 3.616 pessoas já se posicionaram contra o evento.
- Fonte: g1.