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Torcida do Grêmio vaia Douglas Costa, flerta com esperança, mas amarga rebaixamento na Arena

O Grêmio não tem nada a reclamar de sua gente. Os 33,5 mil torcedores encheram a Arena na noite desta quinta-feira para acompanhar – e até influenciar – os momentos decisivos ao futuro do clube gaúcho.

A torcida vaiou Douglas Costa antes de o jogo iniciar devido à polêmica da festa de casamento na véspera da decisão, mas depois pegou junto com a equipe em campo, que venceu o Atlético-MG por 4 a 3. Precisou amargar, porém, o terceiro rebaixamento da história do clube e saiu com a tristeza estampada.

Toda a decepção da campanha pífia no Brasileirão, com 37 rodadas dentro do Z-4, veio ao final dos 90 minutos. A saída do estádio ocorreu sem confusões, mas de maneira melancólica e atônita. Uma última manifestação de amor foi cantar o hino gremista ao término da partida.

Antes, os presentes tentaram injetar ânimo de todas as formas. A torcida esteve na Arena apesar de todas as dificuldades para o Grêmio se manter na Série A.

Sabia que a missão era ingrata e foi à guerra assim mesmo. Era visível a empolgação nas proximidades do palco da partida, com gritos de apoio ou cantando as músicas do clube.

Eu gostaria de agradecer ao torcedor que veio ao estádio, jogou com o time. Quando acabou o jogo, cantou o nome do clube. Isso nos serve como incentivo muito grande.
— Vagner Mancini, técnico

O clima ficou negativo pela primeira vez no anúncio de Douglas Costa como titular. Houve vaias ao camisa 10 nas arquibancadas, embora virariam aplausos minutos depois. Mas ali a torcida extravasou toda a indignação com a polêmica da semana: o pedido de liberação por parte do jogador para sua festa de casamento.

Time e torcida na mesma batida

Em campo, houve a sinergia de torcida e time logo no começo. Os dois gols rapidamente criados e convertidos por Diego Souza e Campaz em jogadas coletivas elevaram o nível do apoio. Na verdade, a relação é de duas vias, e um puxava o outro. Não durou muito para Diego marcar o terceiro.

Na metade da primeira etapa, no entanto, o estádio sentiu o gol do Bahia marcado contra o Fortaleza. A informação de que um resultado paralelo não ajudava murchou o ambiente e diminuiu aquele ímpeto da Arena. O time também baixou o ritmo.

Foi depois disso que o Atlético-MG conseguiu dois gols, um deles em falha coletiva, e se aproximou no placar. A tensão passou a tomar conta não só pela esperada ajuda nas outras partidas.

O sopro de alguma esperança veio quando o jogo já estava no intervalo. A Arena explodiu como se fora nos gols marcados por Diego Souza, mas por conta do empate do Fortaleza no Castelão.

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