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quarta-feira, abril 24, 2024

Após vazamento de vídeo íntimo, polícia pede à Justiça medida protetiva para Natália, do BBB22

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A Polícia Civil de Minas Gerais informou, nesta quarta-feira (19), que requereu à Justiça uma medida protetiva para Natália Deodato, participante do BBB22, que teve um vídeo íntimo vazado nas redes sociais. O suspeito de ter divulgado as imagens é um homem de 39 anos (leia o perfil de Natália).

A medida protetiva, em casos de crime cibernético, é para que o suspeito retire do ar o conteúdo já vazado e não publique mais o material relacionado à vítima. Ainda conforme a polícia, um procedimento investigatório foi instaurado para apuração dos fatos.

Nessa terça-feira (18), a família da jovem de 22 anos, que é modelo e designer de unhas, procurou a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, em Belo Horizonte, para registrar um boletim de ocorrência.

Procurado pela reportagem do g1 Minas, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) informou que não localizou nos sistemas eletrônicos do tribunal o pedido de medida protetiva, que pode ter sido cadastrado como segredo de Justiça.

Veja a nota na íntegra da Polícia Civil:

“A Polícia Civil recebeu a denúncia, ontem (18/1) à noite, na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, em BH, e foi instaurado procedimento investigatório para apuração dos fatos. O suspeito, de 39 anos, é investigado por injúria, mas os trabalhos policiais seguem em andamento para identificar eventuais crimes praticados no âmbito da violência doméstica. A autoridade policial, responsável pela investigação, requereu medida protetiva para a vítima ao Judiciário”.

A Polícia Civil explicou que o crime de injúria foi incluído neste momento tendo como base a lei de crimes contra a honra, anterior à lei 13.718/18, que trata especificamente sobre vazamento de cenas íntimas.

Conforme a lei 13.718/18, em caso de “oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, vender ou expor à venda, distribuir, publicar ou divulgar, por qualquer meio – inclusive por meio de comunicação de massa ou sistema de informática ou telemática – que contenha cena de sexo sem o consentimento da vítima”, a pena pode variar de um a cinco anos de reclusão.

“A pena é aumentada de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços) se o crime é praticado por agente que mantém ou tenha mantido relação íntima de afeto com a vítima ou com o fim de vingança ou humilhação“, diz ainda.

‘É maldade coletiva’, diz mãe de Natália

Na noite dessa terça-feira (18), a mãe da jovem, Daniela Rocha, começou a receber o vídeo e montagens através do WhatsApp.

“Um indivíduo fez um grupo, colocou o vídeo, montagens e começou a espalhar. Eu, como mãe, me senti indignada em saber que existem pessoas sujas que não gostam de ver o sucesso dos outros. É muito triste isso tudo, outras pessoas espalhando. É uma maldade coletiva”, desabafou ao g1 Minas a mãe da jovem, Daniela Rocha, que recebeu as imagens pelo WhatsApp.

Segundo Daniela, após o registro do boletim de ocorrência, a família ainda pretende tomar outras medidas.

“A Natália já é uma vencedora de estar lá, uma negra com vitiligo. Estamos felizes com a entrada dela, é tudo muito novo para gente. Faço um apelo para que as pessoas não compartilhem as imagens, é crime. Isso não vai ser cobrado só pela Justiça, tem um Deus que tudo vê”, afirmou.

Suspeito de divulgar vídeo já tinha ameaçado publicar imagens

Conforme consta no registro policial, o suspeito de ter divulgado o vídeo já tinha ameaçado mostrar as imagens há cerca de dois anos. No entanto, à época, ele não o fez, mas teria jogado o vídeo nas redes sociais após a entrada de Natália no BBB22.

Além disso, ainda de acordo com o boletim, outros perfis em redes sociais ofereceram enviar as imagens caso recebessem dinheiro via PIX.

A reportagem do g1 tentou contato no número que estaria divulgando o vídeo, mas ele está “temporariamente programado para não receber chamadas”.

  • Fonte: g1.
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