Na manhã desta terça-feira (18), o governador Gladson Cameli e a secretária de saúde, Paula Marino, participaram de uma coletiva de imprensa no Palácio Rio Branco. Na ocasião, eles anunciaram novas medidas emergenciais para conter o avanço da pandemia de covid-19. Uma das medidas tomadas foi a suspensão, a princípio, do carnaval.
Cameli se mostrou extremamente indignado ao falar sobre a recusa das pessoas em tomar a vacina. Ele deixou claro que independente da decisão individual de cada cidadão, o governo continuará buscando meios de conter a pandemia e não descartou a possibilidade de um lockdown. “Não vou contra a ciência, espero que não tenha que tomar as medidas duras que já tomamos, como lockdown e demais situações”, declarou.
O governador destacou ainda que suas medidas ‘antipáticas’ politicamente, não terão nenhuma relação com as eleições. “Não estou preocupado com reeleição e se tiver que endurecer as medidas, faremos três vezes mais. O que tiver que fazer para salvar a vida das pessoas, vamos fazer”.
Em relação ao carnaval, Gladson disse que há grandes chances de a tradicional festa não ser realizada no Acre. “O carnaval já pode cancelar e recolher o trem de pouso. Como é o ano político, não vamos politizar o assunto. Estamos preocupados com quem vai sofrer os impactos financeiros que esse cancelamento vai trazer”, comentou.
O chefe do executivo acreano ressaltou ainda que também existe a possibilidade do cancelamento do show do cantor João Gomes. “Não vou passar a mão na cabeça de ninguém, se o comitê disser que não é pra ter, não vai ter”.
No fim de sua fala, Cameli disse que o governo deverá retornar com o auxílio emergencial para os profissionais da saúde nos próximos dias. “O decreto de emergência é para buscar o auxílio emergencial na saúde, esperamos que as demais categorias não venham buscar isso também”, disparou.
Paula Mariano, disse que o governo ampliou seus esforços no que diz respeito a ampliação de leitos. “Vamos aumentar os leitos, provavelmente mais 20 leitos”, explicou.
A secretária de saúde relatou ainda que, segundo os especialistas, cada paciente infectado com o vírus, vale por três. Ademais, a gestora revelou que a segunda quinzena de fevereiro será mais crítica. “A segunda quinzena de janeiro deverá ser a pior. Sobre a vacinação, menos de 6% tomaram a dose de reforço”, explicou.

