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sexta-feira, março 29, 2024

Quase 500 milhões de árvores sucumbiram na Amazônia brasileira em 2021

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De janeiro a novembro de 2021, mais de 470 milhões de árvores foram ao chão na Amazônia brasileira, de acordo com o Monitor de Desmatamento do PlenaMata, que é uma iniciativa de MapBiomas, InfoAmazonia, Natura&Co e Hacklab pela conservação e fim da derrubada de árvores na Amazônia.

O balanço dos 11 meses do ano passado aponta que 1.539.970 árvores tombaram a cada dia, o que significa 1.059 árvores por minuto ou 17 árvores por segundo. Até o fim de dezembro, já eram mais de 485 milhões de árvores derrubadas na Amazônia Legal, segundo o contador em tempo real do PlenaMata.

No Acre, segundo o estudo, foram 26.946.066 de árvores derrubadas em 2021. O ritmo de desmatamento foi de 73.619 árvores por dia. Até a semana passada, eram 46.647 hectares ou 466 km² de florestas destruídas no estado nesse período, um aumento de 5% em relação ao último ano.

O Monitor do Desmatamento do PlenaMata também demonstra os dados do estudo por municípios. Xapuri, por exemplo, teve 1.885.562 de árvores derrubadas em 2021, o que corresponde a  5.151 árvores por dia, uma média estimada de 4 árvores por minuto. A área desmatada foi de 3.264 hectares ou 33 km².

A ferramenta usa como base os alertas diários sobre área desmatada do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que são multiplicados pela quantidade de árvores estimada pela ciência para cada hectare de floresta e inclui uma estimativa em tempo real de quantas árvores estão caindo até o momento atual.

De acordo com o Deter, ferramenta do governo federal que gera alertas rápidos para evidências de alteração da cobertura florestal na Amazônia e no Cerrado, o desmate na Amazônia Legal detectado em 2021 já se aproxima de 800 mil hectares (8 mil km²), o que equivale à cidade de São Paulo e Região Metropolitana.

As milhões de árvores derrubadas contabilizadas no monitoramento do PlenaMata engrossam as contas brasileiras de emissões de gases de efeito estufa. O Brasil é o quarto país que mais contribui para o aumento da temperatura média global desde 1850, conforme uma análise da Carbon Brief.

Os dados completos estão no Monitor da Floresta do PlenaMata

  • Por Raimari Cardoso, do AC24horas.
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