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Acre tem o 4° maior número de jovens que não estudam nem trabalham no Brasil

A taxa de jovens brasileiros que não estudam nem trabalham, a chamada “geração nem-nem”, é o dobro da de países ricos. Em 2020, 35,9% dos adultos de 18 a 24 anos no Brasil não estavam nem na escola nem empregados, aponta um relatório da Organização para Cooperação do Desenvolvimento Econômico (OCDE). O índice de desemprego de adultos entre 25 e 34 anos que não concluíram o ensino médio também cresceu acima da média no Brasil.

No estado do Acre, a “geração nem-nem” não para de crescer desde o ano de 2018, que o estado tinha cerca de 78.294 de jovens entre 15 e 29 anos que não estudavam e nem trabalhavam. No ano de 2019, o número só aumentou, chegando à 78.780.

Em 2020, em meio a pandemia do novo, no Acre a “geração nem-nem”, teve um aumento significativo, indo para 87.249, de jovens sem ocupação. Os dados divulgados pela consultoria IDados, revelam que no primeiro ano de pandemia, este seguimento aumentou 10,7%. Já em 2021, o número teve uma queda, mas em patamares elevados. No último trimestre do ano passado eram 78.359 de jovens sem trabalhar e estudar no estado do Acre.

Segundo a consultoria IDados, até o segundo trimestre de 2021, no Brasil essa população representava 30% dos jovens dessa faixa etária. Isso significa 12,3 milhões de pessoas, cifra que supera a população da Bélgica. O número de nem-nem teve um salto durante a pandemia, em 2020. Em 2021, os números recuaram um pouco, mas continuam acima do nível pré-covid 19.

São quase 800.000 pessoas a mais ante o primeiro semestre de 2019 — quando o grupo representava 27,9% dos jovens até 29 anos. O problema é que desde 2012 o número está em crescimento. Naquela época, os nem-nem eram 25% da faixa etária (ou 10 milhões).

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