O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar os governos anteriores e a dizer que o Brasil toma o rumo certo ao escolher o conservadorismo. “Tudo o que aconteceu, o que tentaram fazer. Tentaram até assassinar gente. Está mudando, mas não dá para mudar de uma hora para outra o curso de um transatlântico”, disse, repetindo a figura de linguagem da manobra de um grande navio.
A fala foi feita enquanto o mandatário conversava com apoiadores, na saída do Palácio da Alvorada, em Brasília, na manhã desta sexta-feira (4/2). Ele também voltou a falar da importância de colocar ministros conservadores no Supremo Tribunal Federal (STF).
“Mais importante que eleição de presidente são as duas vagas para o Supremo no ano que vem. Vai acontecer muitas coisas até a eleição”, refletiu Bolsonaro. “Não tem batalha impossível. Para onde estavam indo, só quem é desprovido de inteligência que não entende”, disparou.
Segundo ele, não se pode responsabilizar a população pelas decisões dos governos de esquerda. “Você não pode culpar o povo, porque grande parte foi preparado desde a escola a achar que o errado é certo. É comum a gente falar que, até os 20 (anos), quem não foi de esquerda não tinha coração. E se depois dos 30 continua (a ser de esquerda), não tem cérebro. Cabe a gente mostrar o outro lado”, apontou.
O mandatário frequentemente se refere a 2023 como o “ano da renovação da Suprema Corte“, já que o presidente que for eleito no ano que vem indicará dois nomes ao STF. O presidente fez duas indicações. A primeira foi Kassio Nunes Marques, que passou a integrar a Corte no ano passado.
A segunda, que ocorreu de forma bem turbulenta, tinha como nome André Mendonça. Ele acabou aprovado pelo Senado Federal depois de quatro meses da indicação presidencial.
Pesquisa sobre mulheres
Durante a conversa com simpatizantes, Bolsonaro continuou a criticar a esquerda. E citou uma suposta pesquisa em que a maioria das mulheres não votaria nele.
Ele disse não acreditar na pesquisa e pediu que as “incomodadas” com a gestão dele fossem até o município de Pacaraima, que faz fronteira com a Venezuela, para observarem a situação das mulheres que lá se encontram.
“Dá pena. Quero ver se faço uma nova viagem para Roraima, para ver se agora vou em Pacaraima. A média diária de refugiados está batendo 800, a maioria de mulheres e crianças. Segundo pesquisa, as mulheres não votam em mim, a maioria vota na esquerda”, apontou o presidente.
“Em pesquisa, a gente não acredita, mas se há reação por parte das mulheres, faz uma visitinha em Pacaraima, Boa Vista, nos abrigos. Vê como estão as mulheres lá, fugindo do paraíso socialista defendido pelo PT”, apontou.
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