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Ciro Gomes tem potencial de voto comparável ao de Bolsonaro

The candidate for the Presidency of the Republic, Ciro Gomes, was at the headquarters of the Brazilian Society for the Advancement of Science (SBPC) in Sao Paulo on September 18, 2018. He answered questions from the scientific community about the plans for ST & I, if elected. (Photo by Dario Oliveira/NurPhoto via Getty Images)

Derrotado nas eleições presidenciais de 1998, 2002 e 2018, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) disputa com o ex-juiz Sergio Moro (Podemos) a terceira colocação na corrida ao Palácio do Planalto. Apostas da chamada terceira via, os dois ainda não alcançaram a casa dos dois dígitos nas pesquisas de intenção de voto (ver tabela abaixo) e, por enquanto, não ameaçam os favoritos para chegar ao segundo turno: Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL).

Apesar da situação desfavorável, Ciro Gomes encontra em alguns números motivos para manter o otimismo, principalmente aqueles relacionados ao seu potencial de voto, que é comparável ao de Bolsonaro. Levantamento da Quaest revelou que 4% dos entrevistados conhecem e votariam no pedetista e outros 24% conhecem e poderiam votar nele, o que dá um potencial de voto de 28%. No caso do ex-capitão, os percentuais foram, respectivamente, de 18% e 13% — total, de 31%.

Na sondagem do Ipespe, 13% declararam que votariam com certeza em Ciro Gomes e 36% que poderiam votar nele. No caso de Bolsonaro, foram 26% e 8%. O problema para o ex-ministro é que seu potencial de voto é majoritariamente formado por quem pode votar nele, e não por quem com certeza votará nele, como ocorre com Bolsonaro. Se quiser avançar, Ciro Gomes terá de converter o eleitor em potencial em eleitor fiel — eis aí a sua grande dificuldade. Por enquanto, ele desponta como uma espécie de segunda opção de voto, o que não é suficiente para torná-lo competitivo.

Outro obstáculo para Ciro é o nível de voto consolidado. Na pesquisa da Quaest, 74% dos que declaram voto em Lula consideram definitiva a decisão. No caso de Bolsonaro, são 65%. No de Ciro, 38%. Nessa toada, o ex-ministro e eterno presidenciável caminha para a sua quarta derrota na corrida presidencial.

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