Na última quinta-feira (03), a Polícia Civil prende uma jovem de 21 anos suspeita de participar de dois homicídios registrados em janeiro deste ano no município de Feijó.
Entre as mortes investigadas estão a do indígena José Ribamar Kaxinawá, de 32 anos, encontrado no dia 9 de janeiro enterrado em uma cova próximo a um igarapé, a outra morte seria a do jovem de 18 anos chamado Wemerson Ferreira Nascimento, no dia 31 de janeiro.
A jovem suspeita de participação nos dois assassinatos é conhecida como “Rainha da Morte”, além disso ela pode ter envolvimento com uma organização criminosa. A prisão dela foi feita em uma ação conjunta entre as polícias Civil e Militar.
Railson Ferreira, delegado responsável pelas investigações disse que as duas vítimas foram executadas após passarem pelo “tribunal do crime”, a motivação teria sido dívidas de drogas. A jovem foi ouvida na delegacia e confessou participação nos crimes.
“O mais impactante é que ela era amiga da vítima Wemerson, com ele participando de festas. Ele frequentava rotineiramente a casa dela. Inclusive, ela prestou homenagem ao morto em sua rede social, mas foi capaz de ajudar na trama criminosa que culminou na morte prematura da vítima, de apenas 18 anos de idade, morto por amigos da facção”, afirmou o delegado.
Morte do indígena
O corpo do indígena José Ribamar Kaxinawá, uma das vítimas, foi encontrado em uma cova, em uma região próxima a um igarapé na zona rural de Feijó. Dois homens, de 19 e 25 anos, foram presos no dia 01 de fevereiro suspeitos de degolar a vítima e enterrar o corpo.
Kaxinawá estava desaparecido desde o dia 7 de janeiro, a polícia foi informada que ele teria sido vítima de homicídio e o corpo teria sido enterrado. Ao fazer buscas na região, as equipes das polícias Militar e Civil localizaram a cova.
A vítima teria sido torturada, amarrada e enterrada em uma cova profunda na região.
Jovem morto pelo ‘tribunal do crime’
O corpo do jovem Wemerson Ferreira Nascimento, de 18 anos, foi encontrado na zona rural de Feijó no final do dia 31 de janeiro. Segundo o delegado Railson Ferreira, o rapaz fazia parte de uma organização criminosa e foi submetido ao “tribunal do crime” porque tinha dívidas de drogas.
“Foi morto pela própria facção, levado a uma área rural da cidade, amarrado, brutalmente torturado e depois degolado pelos próprios membros de facção criminosa que ele pertencia. O motivo mais uma vez se repete: dívida de droga”, disse.

