Autores, professores, lideranças da Resex Riozinho da Liberdade e parceiros se encontram neste sábado (19/03), na comunidade Periquito, para o lançamento do livro “A Voz do Liberdade”.
O projeto do livro surgiu a partir da uma construção coletiva entre os comunitários da Resex e instituições parcerias.
O livro “A Voz do Liberdade” traz os ribeirinhos para o centro da construção acreana. É a partir do seu próprio território, onde vivem, escrevem e passam suas memórias, que os pesquisadores-comunitários trabalharam para a coleta de suas histórias orais.
Guiados pelo ideal de criação coletiva o projeto optou por editar e publicar este livro de maneira independente, sem a intermediação de uma editora. Os direitos autorais e de distribuição estão nas mãos dos autores do livro, ou seja, jovens, velhos e lideranças comunitárias que contribuíram com suas histórias para adensar a historiografia do Vale do Juruá.
O livro será distribuído às escolas, bibliotecas municipais e à população em geral, contribuindo para a valorização e preservação do patrimônio cultural imaterial do estado do Acre.
Foram três anos de construção do projeto do livro desde as primeiras reuniões comunitárias, em que os autores decidiram todo o conteúdo do livro, a captação de recurso, o apoio na coleta e sistematização das histórias orais, a edição e a diagramação, até a impressão dos exemplares físicos. Todos estes trabalhos foram desempenhados, em maioria, por voluntários que trabalharam por muitas horas para tornar o livro possível. Durante todo o processo houve uma troca entre organizadores e a comunidade para decidir então a versão final do texto. O livro conta com um total de 333 páginas.
A escolha do local, a comunidade Periquito se deu por ter sido o lugar onde a história começou. O projeto contido, se expandiu posteriormente para as comunidades Morro da Pedra, Cavanhaque e Forquilha O lançamento reunirá diversas instituições e grupos de apoio neste momento de celebração para os autores.
A realização do projeto do livro “Vozes do Liberdade” se deu através da Associação da Feminina Mulherflor, da Escola Joaquim Nogueira e do Instituto Fronteiras, contandfo ainda com apoios das Secretarias Municipais de Saúde e de Meio Ambiente, ICMBio e Fundação Elias Mansour.