Ícone do site O Juruá Em Tempo

Mesmo com aprovação de auxílios, saúde do AC segue em greve por outras reivindicações

Os servidores da saúde estadual seguem com a greve, mesmo depois da aprovação da lei que concede o auxílio auxílio alimentação de R$ 500 e o Auxílio Temporário de Saúde (ATS) serem aprovadas na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) nessa quarta-feira (23).

Porém, as reivindicações da categoria ainda contam com outros pedidos que incluem a abertura de concurso público, reposição dos dois últimos índices inflacionários, reforma do Plano de Cargo, Carreira e Remuneração (PCCR) e o fechamento da revisão do Laudo Técnico das Condições Ambientais do Trabalho (LTCAT).

A informação foi confirmada pelo Sindicato dos Médicos (Sindmed) e dos Trabalhadores em Saúde do Acre (Sintesac). Nesta sexta-feira (25), o movimento de rua está suspenso e só deve retomar na próxima terça (29).

A greve da saúde foi deflagrada no dia 8 de março. Desde então, vários atos foram feitos tanto na Aleac, como em unidades de Saúde da capital acreana, como Upa da Sobral e Pronto Socorro. No último dia 21, 100% dos atendimentos ficam suspensos na Policlínica do Tucumã em Rio Branco.

Com a greve, o atendimento nas unidades continua restrito. Só casos de urgência e emergência e os internos, dos pacientes que estão em enfermarias e Unidades de Terapia Intensiva (UTI) que precisam de assistência estão mantidos. Os demais estão prejudicados, a parte eletiva, ambulatorial e de exames.

Auxílio

Os deputados do Acre aprovaram, na quarta (23), a proposta do governo que prevê o pagamento de R$ 500 de auxílio alimentação para os servidores da Saúde. O valor será pago por contrato, ou seja, o servidor que tiver dois contratos receberá um total de R$ 1 mil.

Também na quarta, os deputados aprovaram o Auxílio Temporário de Saúde (ATS) de R$ 400 que será pago até o final de 2022. O benefício deve chegar a todos os servidores.

No último dia 11, o governo anunciou aumento de 5,42% no salário de servidores públicos estaduais. O comunicado foi feito pelo governador Gladson Cameli, durante coletiva de imprensa, no Palácio Rio Branco.

O reajuste contemplou mais 51,2 mil servidores ativos e inativos e vai fazer a folha de pagamento saltar de R$ 283 milhões para R$ 309 milhões, conforme dados do próprio governo. Além do benefício geral que vai ser pago a todos os servidores, o governo também anunciou o pagamento de benefícios para a educação e saúde estadual, que estão em greve.

Entre as medidas acordadas estão:

  • Implementação do novo laudo técnico das condições do ambiente de trabalho. (Não cumprido)
  • Publicação de concurso público efetivo até o fim de 2021. (Não cumprido)
  • Encaminhamento para a Aleac no primeiro trimestre de 2022 da revisão inflacionária pelos índices do IPCA, dos períodos de 2020/2021 e 2021/2022. (Não cumprido)
  • Pagamento de insalubridade de 20% de julho a dezembro de 2021 para os servidores que trabalham em ambiente insalubre. (Cumprido, mas não continuou sendo pago em 2022)
  • Abono de falta dos servidores grevistas, entre outras demandas da categoria. (Cumprido)
  • Análise da possibilidade da revisão inflacionária pelos índices do IPCA dos anos de 2019/2020 até 30 de setembro de 2021. (Não cumprido)
  • Definição da etapa alimentação com os valores até 30 de setembro de 2021 e encaminhada para aprovação da Aleac no primeiro trimestre de 2022. (cumprido)
  • Avaliação do impedimento para a concessão da licença prêmio e 6ª parte aos irregulares se comprometendo a finalizar a reanálise da impossibilidade em 60 dias. (Não cumprido)

 

Sair da versão mobile