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sexta-feira, abril 26, 2024

‘Desafio é muito grande’, diz novo presidente do conselho da Petrobras

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O engenheiro civil Márcio Andrade Weber, de 58 anos, foi indicado pelo governo ao cargo de presidente do conselho de administração da Petrobras. Nos últimos dias, seu nome estava cotado até ao cargo de presidente-executivo da empresa, mas esse posto, também anunciado no início da noite desta quarta-feira, 6, será ocupado por José Mauro Ferreira Coelho.

Em entrevista a VEJA, Weber confirmou que o convite foi feito hoje em uma reunião no Rio de Janeiro junto ao chefe de gabinete do Ministério de Minas e Energia, José Roberto Bueno Jr, a pedido do ministro da pasta, Bento Albuquerque. “O convite me foi feito hoje. Eu tive uma reunião aqui no Rio de Janeiro. O ministro não estava presente, mas o convite para presidir o conselho me foi feito através do chefe de gabinete dele”, disse Weber. O ministro Albuquerque passou a tarde em reuniões em Brasília e não pôde convidar Weber pessoalmente.

Weber ingressou na Petrobras pela primeira vez em 1976, logo após formar-se em engenharia civil pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS). Trabalhou na petroleira por 16 anos, tendo sido um dos pioneiros no desenvolvimento da Bacia de Campos, e ocupou, em seguida, diversos cargos gerenciais e diretivos entre os quais destacam-se atividades no exterior, na área internacional da Petrobras, em Trinidad, na Líbia e na Noruega. Foi membro da diretoria de serviços da Petrobras Internacional (Braspetro), entre 1991 e 1992, e diretor da Petroserv de 2007 a 2020, desenvolvendo a participação da companhia nas atividades de exploração e produção de petróleo e gás natural, navegação de apoio e sondas de perfuração para águas profundas. Também foi CEO da empresa BOS Navegação, uma joint venture entre Petroserv e duas companhias estrangeiras.

“O tamanho do desafio é presidir o conselho da maior empresa do Brasil. Este é o desafio. No último ano em que fui conselheiro, pude perceber a magnitude dessa empresa. É um desafio muito grande”, diz ele, a VEJA. Questionado se teria se comprometido a atender os anseios do presidente Jair Bolsonaro em busca de soluções para a política de preços praticada pela empresa no país, Weber desconversou. “Esse é um assunto que afetou a tudo e a todos. Eu não vou entrar nessa questão”, afirmou. O assunto é delicado, já que foi a principal causa das demissões de Roberto Castello Branco e, agora, de Joaquim Silva e Luna da presidência-executiva da empresa.

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