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terça-feira, abril 23, 2024

Greve do INSS chega ao 15º dia e beneficiários seguem dormindo em filas no Acre

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A greve dos servidores do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), que começou no dia 28 de março e teve adesão dos médicos peritos, completou 15 dias nesta terça-feira (12) e segue impactando nos atendimentos diários na agência do Acre. Uma equipe da Rede Amazônica Acre acompanhou a movimentação e conversou com alguns beneficiários que seguem chegando na madrugada para poder pegar uma ficha.

Com a greve, apenas 20 fichas são distribuídas na agência da capital por dia.

O jardineiro Elias Fernandes, de 65 anos, conta que tenta entrar com o pedido de aposentadoria e ficou sabendo que devia chegar cedo no local. “Cheguei 1h da madrugada. Me disseram que o povo dormia e aí sabendo disso, vim cedo para resolver o problema, mas não tinha ninguém. As pessoas começaram a chegar mesmo 2h ou 3h”, diz.

Ele disse ainda que apoia o movimento e acredita que é válido. “Acredito que estão fazendo certo, cada um quer sua melhora, cada um sabe onde o sapato está apertando”, disse.

Já a dona de casa Maria José Eleonor Kashinawa diz que precisa regularizar a situação da filha que está com o benefício suspenso.

“Acho que já vim umas duas vezes no INSS e em nenhuma delas consegui ficha para atendimento. Eu tô precisando consertar uns erros para voltar o benefício dela [filha] pra receber. Ela é especial, vai começar a estudar, não tenho marido, sou doente, minhas filhas são doentes e essa greve tá atrapalhando muita coisa. A gente precisa muito dos benefícios”, disse.

Greve do INSS

O movimento grevista da categoria é por tempo indeterminado. Com isso, o atendimento é mantido apenas para demandas agendadas há mais de 20 dias na agência de Rio Branco, exceto as perícias. E também há limite de fichas diárias.

José Margarido, técnico de seguro social, disse cada vez o movimento ganha ainda mais força.

“Os servidores estão doentes com sobrecarga de serviço, porque é uma demanda enorme e você vê que estamos com uma fila de atendimentos. Não é mais uma greve dos servidores do INSS e se tornou uma greve pelo INSS. A alegação [sobre uma possível negociação] é que estão esperando uma proposta legislativa que se encontra em tramitação no congresso nacional e que trata de modificações no orçamento para poder em conjunto com toda a categoria dos servidores públicos par afazer a análise do concurso público e das perdas salariais”, pontuou na época.

  • Por G1 Acre
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