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sexta-feira, abril 26, 2024

Novo presidente da Petrobras defende atual política de preços

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Após o troca-troca promovido pelo governo Bolsonaro na Petrobras, incluindo uma desistência para assumir o comando da estatal, finalmente o mercado teve os ânimos acalmados com a oficialização da indicação de José Mauro Ferreira Coelho, que tomou posse nesta quinta-feira, 14. Em sua primeira fala como chefe da companhia, Coelho fez questão de agradecer a Bolsonaro pela indicação, mas deixou um recado importante que pode ser endereçado ao presidente: o quanto considera importante a política de preços da estatal.

“Entendamos que a prática de preços de mercado é condição necessária para criação de um ambiente de negócios competitivo, para atração de investimento, de novos agentes econômicos, para expansão da infraestrutura do país e para a garantia do abastecimento. Tal cenário leva ao aumento da concorrência com benefícios para o consumidor brasileiro, entretanto, não podemos nos esquecer da nossa responsabilidade social”, disse, durante seu discurso de posse.

Márcio Andrade Weber, eleito presidente do Conselho de Administração da Petrobras, disse que “os desafios que Coelho terá pela frente serão grandes e complexos, entretanto, seu currículo e experiência na indústria de óleo e gás o credencia de forma destacada para assumir o comando da empresa”.

José Mauro Coelho vai assumir a empresa no lugar de Joaquim Silva e Luna, demitido pelo presidente Jair Bolsonaro após descontentamento com a alta do preço dos combustíveis. Coelho é a segunda indicação de Bolsonaro após a demissão do general. Anteriormente, ele havia indicado o economista Adriano Pires, que acabou declinando por alegar “conflito de interesses” entre a presidência da companhia e o seu trabalho no Centro Brasileiro de Infraestrutura, sua consultoria.

O indicado pelo presidente Bolsonaro é visto com otimismo pelo mercado. Ele acumula um currículo extenso no setor. Antes de atuar como secretário de petróleo, gás natural e biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, passou 13 anos na Empresa de Pesquisa Energética (EPE), estatal vinculada à pasta do governo, na qual ocupou a direção por quatro anos. As ações da Petrobras também estão reagindo bem ao novo nome. Até antes de assumir o atual cargo, era presidente do conselho de administração da Pré-Sal Petróleo (PPSA).

A nomeação é vista agora como uma escolha mais técnica e menos política. Embora a indicação anterior do economista Adriano Pires também agradasse ao mercado, o nome do presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, para presidir o conselho de administração da estatal não era bem visto e explicitava uma manobra política. O novo indicado para presidir o conselho é Márcio Andrade Weber, que já é membro do conselho da estatal.

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