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sexta-feira, abril 26, 2024

Três delegados de Polícia Civil do Acre são investigados por desvio de recurso público

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Três delegados de Polícia Civil do Governo do Estado estão sendo investigados por suposto desvio de dinheiro público.

Pedro Henrique Resende, que comanda a Delegacia de Combate a Corrupção; Karlesso Nespoli, que acabou de ser indicado para essa delegacia; e Rodrigo Noll de Combate a Crimes Tributários estão sendo alvo dos processos que tramitam na Vara Criminal.

Além dos três agentes, um empresário do ramo de oficina que atua venda de peças também está sendo investigado. Ele teriam promovido um esquema de notas fiscais frias, com desvio de aproximadamente R$ 50 mil.

Os delegados teriam usado os fundos que chegavam às delegacias para a manutenção dos veículos e prédios, e usavam para fins pessoais.

“Eles chegaram a realizadas curso de tiros nos Estados Unidos e possivelmente usaram o dinheiro da segurança em seus gastos. Um dos golpes é citado no processo. Um veículo modelo Gol fez um serviço na suspensão. O valor foi pago e sete dias depois o mesmo veículo passou pela mesma manutenção. O dinheiro desviado também vinha de convênios com outros órgãos”, diz um trecho da reportagem do site Agazeta.net.

A Corregedoria da Policia Civil foi acionada, mas a investigação deixou de apurar os detalhes e até o Ministério Público arquivou o caso. Mas, uma nova denuncia trouxe o tema a tona e a Justiça agora quer uma nova e severa investigação.

A juíza pede ainda que o Ministério Público acompanhe a investigação. Segundo a denúncia, existe um grau de amizade íntima do corregedor, Fabrízio Sobreira e os denunciados, assim como o diretor geral de Polícia que autorizou todos os gastos.

Na decisão, a juíza fala em prevaricação do corregedor que não atuou com imparcialidade. Prevaricar é quando o serviço deixa de fazer seu ofício em interesse pessoal.

Os delegados citados chegaram a postar fotos onde se intitulam “os intocáveis”. Em um vídeo divulgado, uma aluna da Polícia Civil perante Pedro Resende chega enaltecer o fato de ter 70 processos na Corregedoria e nunca ter acontecido nada.

Um dos casos em que a Corregedoria atuou, mas na defesa do delegado Pedro Resende, foi a denúncia de abuso de autoridade e tortura quando um professor foi espancado dentro de uma delegacia. As lesões corporais graves quase levaram a vítima a óbito.

Em primeiro grau o processo foi arquivado, mas o Tribunal de Justiça do Estado do Acre determinou que o juiz de primeiro grau analisasse e julgasse o caso, já que as provas mostram o abuso cometido pelo delegado.

O secretário de Segurança Pública disse que não está sabendo detalhes do caso. Já o governador Gladson Cameli disse que é favorável a toda investigação. E informou que não vai tolerar corrupção no governo, principalmente vindo dos delegados que investigam crimes dessa natureza.

Cameli não falou se pode haver afastamento dos delegados. Na última semana, a direção da Polícia Civil começou a fazer mudanças na delegacia, justamente na data em que a Justiça oficiou a Polícia Federal a abrir uma investigação sobre o caso.

Em nota enviada a reportagem da Agazeta, a Polícia Civil diz que:

“A Direção Geral da PC não tem conhecimento oficial do procedimento de que trata o documento. De qualquer forma pela simples leitura percebe-se que possivelmente se refere a fatos ocorridos antes de 2019, em outra gestão. Ilações acerca da imparcialidade investigativa serão esclarecidas tão logo instados, o que não ocorreu até o momento. A Administração da PC está à disposição de quaisquer órgãos de controle e/ou investigativos, e não compactuamos com nenhum possível ato ilícito de quem quer que seja”.

Com informações de Adailson Oliveira para a TV Gazeta.

Com informações ContilNet

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