Inaugurada há pouco mais de um ano em solenidade pomposa com a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro, a ponte do rio Madeira não trouxe, até agora, os resultados econômicos esperados.
A promessa de que as empresas que pagavam alto pela travessia das antigas balsas reduziriam os preços de produtos como alimentos após a ponte não passou de empolgados discursos políticos de momento.
A economia de tempo e dinheiro para motoristas na BR-364 que durante o período das balsas chegavam a esperar durante horas para seguir viagem, sobretudo no verão amazônico, talvez seja o resultado positivo mais visível da ponte.
Empresas de ônibus e transportadoras, por exemplo, deixaram de pagar valores altos ao dono das antigas balsas.
O presidente da Associação Comercial do Acre, Marcelo Moura, lembra que o grande benefício da ponte é a redução no deslocamento pela rodovia que liga o Acre e Rondônia.
“Impacto zero em preços, quem defendeu isso não fez conta. O grande benefício se dá em tempo de deslocamento e também em certa redução de despesa para motorista autônomo. Deixou de pagar R$ 200 por viagem. Motorista que atravessa a ponte 10x por mês(combustível e cimento por exemplo) economiza 2.000. Mas esse ano será o primeiro a não ter racionamento no verão por motivo de seca no rio”, diz o empresário.
- Luciano Tavares, do Notícias da Hora
