O 4° Festival Atsá durou seis dias, cerca de 12 mil pessoas estiveram na Terra Indígena Puyanawa, em Mâncio Lima. Entre as atividades realizadas no período está, o banho de igarapé, dança, canto e o consumo de Ayahuasca. Foram consumidos 2 mil litros de caiçuma, a bebida de macaxeira fermentada.
Indígenas de 3 etnias, turistas da França, Bélgica Suíça e Grécia e da maioria dos Estados do Brasil, prestigiaram o festival. “Nossa reunião aqui neste festival é uma homenagem aos antepassados e um ato de demonstração da nossa cultura, espiritualidade e dos nossos saberes. A comunidade se sente muito valorizada com esse momento” afirmou o cacique, Joel Puyanawa.
loannis Orphanos, é um turista grego e participa do festival desde a sua primeira edição, para ele, o modo de vida dos indígenas demonstra evolução. “A forma simples de viver, o amor pela natureza e pela família são os ensinamentos que os indígenas passam pra gente “, ressaltou.
A ex-BBB Gleici Damasceno, tomou banho de igarapé e tirou muitas fotografias com os fãs. “É a primeira vez que venho aqui nos Puyanawas e é tudo muito bonito” citou.
Neste sábado (23), o governador Gladson Cameli esteve no festival e destacou a importância do etnoturismo para a economia. “O etnoturismo é uma atividade crescente no Acre e que ajuda a movimentar a economia. Para essa região, onde a farinha é o produto mais forte da economia, esse festival é de suma importância e quem chegar aqui, sai renovado”, declarou.
Durante a festa, os indígenas vendem alimentos típicos, artesanatos e realizam pinturas corporais nos visitantes. Os turistas ficam hospedados nas aldeias com pacotes a partir de R$1.500. José Luis, o Puè, um dos líderes Puyanawa, explicou que o evento fortalece o povo indígena do ponto de vista econômico e é importante também para mostrar a cultura deles para o mundo. “Aqui nós mostramos nosso canto e dança, modo de vida e alimentação e como resultado econômico damos sequência aos nossos projetos de conservação ambiental e fortalecimento de nossa cultura. O Festival é importante para nossa economia”.
Atsá quer dizer macaxeira, ele é o destaque do Festival dos Puyanawa e durante os 6 dias de evento, foram consumidos mais de dois mil litros de caiçuma, feito da macaxeira fermentada.
Para produção da bebida foram utilizados 500kg de mandioca, água e batata roxa. O processo de feitura de caiçuma já não é mais de fermentar o produto na boca. A macaxeira é cozida e ralada e fermenta de maneira natural.
A bióloga Malika Simis, que é de São Paulo, consumiu bastante caiçuma durante o festival, o que a deixa Feliz. “Essa bebida traz alegria”, disse.