De acordo com uma análise divulgada na última sexta-feira (01), pelo Laboratório de Geoprocessamento Aplicado ao Meio Ambiente da Universidade Federal de Acre (UFAC/Labgama) – instalado no Campus Floresta em Cruzeiro do Sul (AC), o desmatamento no período de janeiro a junho deste ano no estado do Acre está em estado de alerta, equivalente a 20 mil campos de futebol das dimensões do estádio Arena da Floresta.
Ao todo até a metade de 2022, foram identificados pelo UFAC/Labgama a quantia de 19.600 hectares. Desse total, 75,5% se concentraram, até o
momento, nos municípios de Feijó, Tarauacá, Manoel Urbano, Rio Branco, Sena Madureira e Cruzeiro do Sul. O maior alerta detectado foi de
347 hectares, em Manoel Urbano.
Comparando com o último relatório, divulgado no fim de maio, que mostrava o acumulado dos primeiros cinco meses do ano, constata-se que em junho o somatório de hectares desmatados foi mais que o triplo do valor referente ao período de 1° de janeiro a 22 de maio, quando o Labgama mostrou 6.100 hectares desmatados.
Política pública e gestão agrícola, entre outros, são os fatores que têm levado o desmatamento a aumentar em toda a Amazônia, segundo os pesquisadores responsáveis pelo trabalho. O Mapa de 2021 do Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostra a presença do crime organizado na Amazônia, destaca o relatório.

