O partido União Brasil, presidido no Acre pelo Senador Márcio Bittar, está processando judicialmente o ex-senador Jorge Viana por manifestações em que ele teria ofendido a honra dos membros do partido. A ação tramita na 5ª Vara Cível de Rio Branco e é conduzida pela juíza Olívia Ribeiro.
Uma audiência aconteceu na última sexta-feira (01), na ocasião seriam produzidas todas as provas e dada a decisão final.
Com medo de ser condenado em meio ao período eleitoral, o advogado de Jorge, seu genro e presidente da OAB Rodrigo Aiache, pediu à Juíza que adiasse a audiência, sob a alegação de que o seu cliente e sogro não estaria em Rio Branco na data marcada. Os advogados do PSL (UB) tomaram conhecimento da entrevista concedida por Jorge Viana ao jornalista Itaan Arruda, na TV Gazeta, na sexta, mesmo dia em que ele afirmou à juíza que não estaria na capital acreana.
Por isso, eles pediram a magistrada que encaminhe os fatos ao Ministério Público do Estado do Acre, a fim de que o petista seja processado criminalmente por ter, segundo eles, mentido ao juízo, cometendo crime contra a administração da Justiça.
No mesmo dia da audiência, Jorge Viana também participou de uma entrevista ao vivo no Programa Boa Conversa. Em meio a polêmica, o petista declarou que o motivo do pedido feito pela sua defesa ocorreu em virtude de ele estar em São Paulo – em uma agenda particular.
Ele alegou ainda que a juíza do processo também não podia presidir o julgamento na última sexta-feira, 1° de julho. “Em outra data haverá o julgamento. O meu advogado [Rodrigo] tá alegando que na dúvida se eu voltaria no mesmo dia, eu não sabia se voltaria tão rápido”, explicou.
Viana explicou que a sua opinião era direcionada a antiga sigla partidária do Partido Social Liberal (PSL) que hoje se chama União Brasil. “Já até acabou, o Bolsonaro saiu. No dia da audiência vou dizer que minha opinião era daquele PSL, agora é União Brasil. É uma bobagem, opinião expressa em uma live. Os caras falaram de metralhagem e eu não posso responder?”, comentou.