A pré-candidata ao governo do estado do Acre pelo MDB, Mara Rocha está cumprindo agenda no vale do Juruá. Em Cruzeiro do Sul, Mara foi apresentada oficialmente como pré-candidata ao governo aos membros do MDB de Cruzeiro do Sul pelo casal Vagner Sales e Antônia Sales e visitou mercados e outros locais do município.

A deputada concedeu entrevista exclusiva ao site Juruá em Tempo na tarde desta terça-feira (19). Dentre os vários assuntos abordados, Mara Rocha falou da alegria de disputar o governo, da candidatura ao senado de Jéssica Sales, da indefinição na escolha do seu vice e de possíveis apoios de partidos de esquerda num eventual segundo turno. Confira a entrevista:
JT – Como está sendo está agenda no Juruá como pré-candidata?
Mara Rocha – Temos cumprido agendas desde a última sexta-feira nos municípios de Marechal Thaumaturgo, Mâncio Lima, Rodrigues Alves e Cruzeiro do Sul. Antes disso estivemos em Tarauacá e Feijó falando e ouvindo as pessoas sobre a nossa pré-candidatura. Temos recebido o carinho e apoio dos acreanos por onde andamos.
JT – Como estão as tratativas sobre a escolha do vice em sua chapa? Existe a possibilidade do nome ser aqui da região do Juruá?
Mara Rocha – O partido e a sua executiva ainda estão conversando, acho que ainda levaremos um tempo para ter esse nome, que tanto pode ser daqui dessa região, quanto também de outros municípios. Mas temos certeza de que nossa chapa aqui no Juruá já está bem representada com o nome de Jéssica Sales, que é um forte nome para região e que se Deus quiser será nossa senadora, contemplando essa região tão importante para o nosso estado.
JT – O MDB tem o nome da senadora Simone Tebet colocado como pré-candidata à presidência, no entanto, a Sra. já declarou apoio à reeleição do atual presidente Jair Bolsonaro. Como fica essa questão?
Mara Rocha – Dentro do MDB tem uma situação em que metade quer ir com Lula, enquanto outra metade quer ir com Bolsonaro, com isso sobra pouco apoio para a senadora Simone Tebet. O MDB é um partido plural porque aceita isso, e esse anos teremos candidaturas polarizadas onde ninguém quer arriscar, por isso mantenho minha convicção e meu candidato é Bolsonaro.
JT – Caso a Sra. vá ao segundo turno estaria disposta a tecer alianças com segmentos políticos ligados à esquerda como o PT, PCdoB e PSB por exemplo?
Mara Rocha – Acredito que possamos vencer no primeiro turno, tamanha é a decepção das pessoas com o atual governo, que por exemplo, não construiu uma única casa popular. Mas se acaso fomos ao segundo turno, queremos o apoio de todas as pessoas que se identifiquem com o nosso projeto, independente de correntes ideológicas.
JT – Como pretende governar se eleita?
Mara Rocha – Se Deus quiser serei a primeira governadora eleita por voto, tivemos a governadora Iolanda Fleming, que foi vice do governador Nabor Jr. As mulheres agem com coração, com o sentimento ao ver a dor das pessoas. Como mães, essa condição nos prepara para esse olhar, e o estado precisa de alguém que tenha um olhar humano, pois os números são tristes, este é o pior estado em transparência, mais de 53% na extrema pobreza, há pessoas passando fome e outras não ganham nada. É uma situação complicada alarmante, já que o Acre é quarto estado com maior número de desempregados do país, enquanto o vizinho Rondônia é o terceiro que mais emprega. Falta política de governo que foque na geração de emprego e renda, apoio ao produtor rural e empresas locais. Temos no estado localidades onde mais de 50% crianças estão desnutridas.
Isso é fruto de governo que não tem um rumo, queremos fazer um governo que foque nas pessoas em gerar emprego e renda. É um cargo que exige seriedade, compromisso, verdade no seu trato, pois em suas mãos estão milhares de pessoas.
É isso o que está faltando ao nosso estado. Por exemplo, um caso triste na educação: alunos da Praia da Amizade estão pagando o combustível para que o barco leve eles até a escola. São trinta reais por dia de um dinheiro que já vem carimbado para o transporte das crianças. Isso é inadmissível. Na saúde são quase dois bilhões por ano e há morte por falta de medicamentos, de UTI, temos hoje mais de 12 mil pessoas esperando por cirurgias.
O sinal vermelho está aceso. Muita gente saindo do estado, gente que depois de muito sacrifício dos pais para conseguir um diploma, ainda assim esses jovens não conseguem se empregar. São pessoas indo embora do estado por fata de emprego, em situação de pobreza.
Não precisamos mudar de estado, temos que mudar o estado, elegendo um governador que esteja comprometido com o estado.
Queremos surpreender nesse estado, nos cercar com pessoas técnicas e conhecimentos nas áreas especificas quero deixar minha maraca. Vamos escolher as melhores pessoas para ter melhores resultados, precisa de muita melhoria, resultados rápidos. Escolhendo uma equipe comprometida vamos fazer um excelente governo.