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quarta-feira, maio 8, 2024

Ex-jogador acreano autor de gol que Pelé não fez virou motorista de Uber em João Pessoa: “Sofri muita inveja”

Por redação.

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No banco do carro onde trabalha como motorista de aplicativo em João Pessoa (PB), Gessé relembra com orgulho do gol que Pelé não fez. Foi em abril de 2014, no estádio Florestão, em Rio Branco, durante o Campeonato Acreano.

O agora ex-jogador, à época com 27 anos, acertou o fundo da rede com um chute do meio campo. Ele jogava pelo Atlético Acreano e entrara no 2º tempo do jogo contra o Andirá, que vencia o duelo por 1 a 0. Gessé naquele dia só não fez chover. Além do golaço, deu passe para mais um gol. Seu time acabou vencendo a partida por 4 a 1.

Aos 36 anos, oito ano após marcar um dos mais emblemáticos gols da história do futebol acreano, que chegou a ser citado como um possível candidato ao Puskas, da Fifa, mas não entrou na lista dos 10 concorrentes à premiação, Gessé rememora sua carreira, as imprevisibilidades, as propostas, algumas delas indecentes.

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O gol de Gessé o colocou em destaque por um bom tempo na imprensa, mas não conseguiu levá-lo a times de destaque do país.

Em oito anos, antes de virar Uber na capital paraibana, ele jogou em clubes modestos como o Tanabi e o Santacruzense, ambos do interior de São Paulo, voltou para o Atlético Acreano e chegou a atuar no futebol do Amazonas. O último time defendido por Gessé foi o São Francisco, do Acre.

“Faltou um empresário que me colocasse no lugar certo. Sofri muito inveja. As pessoas querem te ver bem, mas nunca melhores do que elas”

Em João Pessoa, Gessé vive com a esposa, Josane, e os filhos, Letícia (11) e Téo (3).

“Faço uns R$ 300 (como Uber). Dá para viver. Cheguei aqui faz dois meses e estou muito bem”, conta ele bem humorado e feliz da vida.

  • Luciano Tavares, do Notícias da Hora
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