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Acre é o estado com a segunda maior alta de mortes violentas do país em 2022

De acordo com os dados divulgados nesta quarta-feira (1°), do Monitor da Violência, índice nacional de homicídios criado pelo site g1, o estado do acre teve a segunda maior alta com mortes violentas em 2022.

Foram registradas 216 mortes violentas no estado, vale destacar que os dados levam em consideração feminicídios, homicídios dolosos, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte. Os dados apontam uma média de 18 assassinatos por mês.

Em 2021, houveram 181 mortes violentas no Acre. Assim, foi mostrado um aumento de 19% em um ano. Essa alta só não foi maior que a registrada no estado do Mato Grosso, que foi de 24%.

Ao analisar a quantidade de habitantes do estado no mesmo ano, um total de 906.876 pessoas, o Acre contabilizou 23,8 mortes violentas por grupo de 100 mil habitantes.

De acordo com o governo do Acre, a principal causa desse aumento foram os confrontos armados entre facções criminosas, gerando um alto número de mortes por execução. No ano passado, por exemplo, mais de 190 homicídios dolosos registrados, mais de 80 foram execuções.

O secretário de Segurança e Justiça do Acre, coronel Paulo Cézar, afirmou em novembro que as ordens de confrontos têm origem dentro dos presídios. “Há um movimento envolvendo lideranças criminosas, crime organizado, principalmente narcotráfico”, afirmou.

A fim de conter tais acontecimentos, o Governo alega está trabalhando na padronização do sistema prisional, além disso algumas atitudes já foram tomadas, como a criação de um grupo especial para policiar áreas de fronteira e aquisição equipamentos novos para as forças de segurança.

Entre os casos de violência está o da bancária Tatiane Lima Nere, de 33 anos, que em maio do ano passado foi assassinada pelo vigilante Kennedy Souza Fontenelle, 26, dentro da agência do Sicredi. Os dois haviam se relacionado.

Em junho, Ingrid da Silva, de 19 anos, moradora de Rio Branco, foi morta a tiros na cabeça. O principal suspeito é o ex-namorado Daniel Silva Barros, que foi denunciado por feminicídio, mas após a oitiva de testemunhas e interrogatório do réu, o Ministério Público acreditou na versão do acusado de que foi um tiro acidental.

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