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Edina Shanenawa: primeira mulher indígena do Acre que assumiu posto de cacica

Por Redação Juruá em Tempo.13 de março de 2023Updated:15 de março de 20233 Minutos de Leitura
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Edina Shanenawa, de 48 anos, é a primeira indígena do povo Shanenawa e também do Acre, a se tornar cacica do seu povo, gerenciando as políticas internas e atuando em posição de liderança, seguindo suas tradições de uma nova forma.

Edina conta que até assumir uma posição de liderança, passou por alguns obstáculos. Seu pai também sofreu preconceito por só ter filhas mulheres, e como estava em uma posição de líder, precisava passar o legado a um filho homem.

Mesmo com a tradição, ela disse que sempre contou com o apoio do pai e que ele prometeu quebrar alguns conceitos preestabelecidos para dar oportunidade às filhas mulheres. Em razão disso, desde cedo ele preparou ela e a irmã nas atividades que desempenhava, acima de tudo, para que o povo visse que eram capazes.

Mesmo antes de assumir o posto ‘oficialmente’, Edina conta que já atuava como Cacica por indicação do seu povo, mas foi na cerimônia de passagem do cocar de seu pai, da maneira como ensina a tradição ancestral Shanenawa, que se emocionou ao finalmente se encarregar de cuidar da tribo.

A cacica também relata que não é simples ser líder, além de ser algo muito significativo. “Pra gente ser líder não é querer, a gente tem que ter o dom de lidar com a nossa aldeia, do nosso povo, tem a organização social do nosso povo, não é pra qualquer um”, explica Edina.

Edina Shanenawa fundou mais uma aldeia chamada Shane Tatxakaya, próxima da cidade de Cruzeiro do Sul. Lá ela convive com os pais, irmãs, sobrinhos e conta com o apoio do marido também. A motivação para seu deslocamento da aldeia principal foi o conflito nas decisões de seu pai em deixá-la assumir como cacica.

Ela também contou com o apoio de outras comunidades. Em entrevista exclusiva ao ContilNet, ela disse que está tendo uma oportunidade para plantar, criar e fortalecer a cultura, a língua materna, o canto e a pintura características de seu povo. “Hoje temos liberdade de trabalhar de acordo com nossas necessidades, temos nossa organização interna e nossos trabalho de cura”, comentou a cacica.

De acordo com Edina, não só ela, como as outras mulheres ao seu redor desempenham funções de destaque. Uma de suas irmãs é pajé, a outra professora e também tem uma que realiza a função de assessora política. Tudo isso, segundo ela, é um importante marco nos dias de hoje, já que as mulheres vem ganhando espaço nas mais diferentes camadas sociais.

“É importante o exemplo que o nosso povo pode ter e que esse exemplo possa se estender para outros povos. Nós mulheres temos o dom de lidar com a política interna e política fora da aldeia também”, salienta Edina. Ao comentar sobre o machismo vivenciado e que a cada nova conquista, ela desmistificava cada vez mais a idealização da mulher como líder indígena.

Na cerimônia de passagem do cocar do pai de Edina, membro mais antigo da tribo, haviam 400 pessoas para prestigiar a posse. “Me senti empoderada, uma mulher que pode ser exemplo para outras. Porque nós mulheres temos a capacidade, só nos falta oportunidade”, finalizou Edina.

Por: Rebeca Martins, ContilNet.
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